
O governo russo anunciou, neste sábado (24), que fechou um acordo com o líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, após o recuo das tropas que iniciaram uma revolta na sexta-feira (23). A negociação entre as partes foi intermediada pelo governo de Belarus.
Segundo o Kremlin, a Rússia não processará o líder mercenário e nem vai punir os outros membros que participaram da rebelião.
“Evitar um derramamento de sangue (em Moscou) compensa mais do que perseguir alguém criminalmente”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
De acordo com Moscou, o acordo prevê que Prigozhin vai se exilar em Belarus e deixar o front na Ucrânia e São Petersburgo, sua cidade natal; nenhum outro membro do grupo Wagner que participou da rebelião será perseguido criminalmente; e mercenários que não aderiram à revolta serão integrados ao Ministério da Defesa russo.
Tropas do grupo Wagner se aproximavam de Moscou até a tarde de hoje, e Kremlin temia um confronto na capital russa.
Prigozhin, então, anunciou o recuo das tropas, que estavam a uma distância de 200 quilômetros de Moscou. Os mercenários do grupo também já abandonaram Rostov, cidade no sul da Rússia que haviam ocupado ontem.