
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou, nesta quarta-feira (31), que o ataque com drones atribuído à Ucrânia contra a residência do presidente Vladimir Putin foi uma operação deliberada, planejada em detalhes e executada em larga escala.
Segundo autoridades militares russas, a ofensiva ocorreu na noite de 28 para 29 de dezembro e envolveu dezenas de veículos aéreos não tripulados de longo alcance direcionados ao imóvel presidencial localizado na província de Novgorod.
Em entrevista coletiva, o chefe das Forças Antiaéreas das Forças Armadas da Rússia, Aleksander Romanenkov, declarou que o ataque foi identificado por unidades radiotécnicas das Forças Aeroespaciais logo no início da incursão.
De acordo com ele, os drones utilizados eram do tipo avião, voavam a altitudes extremamente baixas e partiram das províncias ucranianas de Sumy e Chernigov. A rota teria atravessado diferentes regiões do território russo antes de chegar ao alvo.
Romanenkov apresentou um mapa durante a coletiva para explicar a dinâmica da operação. Segundo o militar, os drones avançaram por múltiplas direções, cruzando as províncias de Briansk, Smolensk, Tver e Nóvgorod. Ao todo, 91 aparelhos teriam sido empregados na ofensiva. Para o comando russo, o padrão do ataque reforça a tese de planejamento prévio e execução coordenada.

“A estrutura do ataque, o número de drones empregados e as ações vindas do sul, sudoeste e oeste, diretamente em direção à residência do presidente da Rússia na província de Novgorod, confirmam sem sombra de dúvida que o ataque do regime de Kiev foi deliberado, cuidadosamente planejado e escalonado”, afirmou Romanenkov.
Segundo o Ministério da Defesa, todos os drones foram neutralizados pelos sistemas de defesa aérea antes de alcançarem o alvo. O militar ressaltou que não houve vítimas nem danos materiais, inclusive na residência presidencial.
“As unidades de combate dos sistemas de mísseis antiaéreos, os meios de controle da situação aérea das tropas radiotécnicas, os grupos de fogo móveis e os equipamentos de guerra eletrônica atuaram de forma coordenada, profissional e eficaz, cumprindo com sucesso sua missão de combate”, declarou.
A versão militar foi reforçada pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, que também classificou a ação como um “ataque terrorista”. Em declaração no dia 29 de dezembro, Lavrov afirmou que mais de 90 drones de longo alcance foram lançados contra a residência oficial do presidente russo. Segundo ele, todos os projéteis foram derrubados e não há registros de feridos ou prejuízos estruturais.