Sabadão no DCM: Com a morte de Newton Cruz, ditadura segue impune

Atualizado em 16 de abril de 2022 às 17:52
Morte de Newton Cruz
Sabadão no DCM: Com a morte de Newton Cruz, ditadura segue impune
Foto: Reprodução/DCMTV/YouTube

Newton Cruz é assunto. AO VIVO. Leandro Fortes faz o giro de notícias. Entrevista com o economista Paulo Nogueira Batista e com Rogério Tomaz Jr., jornalista e mestrando em Estudos Latino americanos. Moderação: Cassio Oliveira.

Mais um canalha da ditadura bate as botas cercado de amigos e familiares num leito de hospital. O general Newton Cruz, ex-chefe do SNI, a Agência Central do Serviço Nacional de Informações, morreu neste sábado (16), aos 97 anos.

Faleceu de causas naturais. Estava internado no Hospital Central do Exército, em Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Famoso pela truculência — a cena em que ele, destemperado, chicoteia carros em Brasília montado a cavalo é clássica –, Cruz era uma espécie de pré-Bolsonaro.

Foi acusado pela morte do jornalista Alexandre von Baumgarten, escândalo de corrupção do regime. Alegava ter recebido informações sobre a identidade do responsável pelo assassinato, mas se negara a revelar.

Confessou que os militares planejavam outros ataques terroristas além do Riocentro. Foi em 2010, ao jornalista Geneton Moraes Neto.

“Tempos depois eu recebi a informação de que havia um grupo tentando fazer um ataque semelhante. Não era problema meu. Eu tinha apenas que informar. Pela primeira vez saí da minha função na SNI e fui pessoalmente acabar com isso. Pedi para a agência do Rio marcar um encontro com dois elementos do quartel na cidade”, disse.

“Me encontrei com um tenente da Polícia Militar e um sargento em um hotel no bairro do Leme. Disse a eles que falassem com outros companheiros que se houvesse mais algum ataque, eu iria denunciar. Não houve mais nenhum atentado”.

“Nini” encabeçou o SNI entre 1977 e 1983.

Foi denunciado pelo Ministério Público Federal em 2014 por participação no episódio. A Justiça lhe concedeu habeas corpus, bem como aos cinco militares e ao delegado envolvido.

Em 1983, agrediu um repórter de TV ao vivo. Mandou-o calar a boca e “desligar essa droga”, referindo-se ao gravador. Não gostou de ser questionado sobre democracia.

Vai tarde.

Clique aqui para se inscrever no curso do DCM em parceria com o Instituto Cultiva

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link