
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a interlocutores que Flávio Dino, seu indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF), poderia conquistar até 56 votos no Senado, que precisa ratificar o nome, segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo
A avaliação mais realista projeta um placar entre 48 e 52 votos favoráveis ao atual ministro da Justiça. O otimismo cresce com a possibilidade de setores do bolsonarismo considerarem dialogar com Dino, caso ele alcance o STF.
Para isso, um gesto inicial dos bolsonaristas seria crucial. O apoio no Senado para uma votação mais expressiva representaria um passo significativo em sua direção.
O diálogo se torna crucial, visto que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) responde a inquéritos na corte. A base do governo detém um suporte de 51 senadores, então os votos adicionais para o ministro devem vir, provavelmente, da oposição.
Essa eventual colaboração da oposição com um candidato do governo ao STF não seria inédita. Em 2021, Bolsonaro indicou André Mendonça, e o PT deu votos a ele, ainda que não tenha formalizado o apoio publicamente.

Já um levantamento do Estadão indica que 25 senadores estão a favor de Dino, enquanto 23 se opõem à sua indicação. Outros 25 não revelaram suas intenções, e oito não foram contatados.
A pesquisa ouviu 73 dos 81 senadores elegíveis para votar. A base do governo endossa o apoio, enquanto a oposição se une na rejeição ao indicado do chefe do Executivo, que se envolveu em embates com aliados de Bolsonaro.
Seis parlamentares aguardam a sabatina para definir seu voto, e 19 preferem não se manifestar. Até colegas de partido de Dino, como Chico Rodrigues e Flávio Arns (PSB-PR), optaram pelo silêncio sobre seus votos.
Dino precisará de pelo menos 41 votos para assumir no STF. A votação será secreta, abrindo espaço para reviravoltas de última hora, tanto entre governistas quanto oposicionistas.
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