Bolsonaro

Saiba o que Bolsonaro fez com os R$ 17 milhões que recebeu via Pix

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução

Antes de encerrar a vaquinha virtual, realizada via Pix, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já havia investido R$ 14 milhões em renda fixa, no Banco do Brasil, quando agradeceu aos seus apoiadores e deu por encerrada a arrecadação. O objetivo inicial da campanha era quitar multas que somavam cerca de R$ 1 milhão por descumprimento de medidas sanitárias.

O extrato bancário de Bolsonaro revela que ele alocou R$ 14 milhões em Certificado de Depósito Bancário (CDB) no dia 27 de junho deste ano. Curiosamente, o ex-presidente continuou a campanha de arrecadação por mais dois dias antes de anunciar que tinha atingido o montante necessário para quitar as multas. Na época, Bolsonaro prometeu revelar em breve o valor arrecadado, mas a imprensa divulgou os números cerca de um mês depois.

Um dia após o anúncio do encerramento da vaquinha, Bolsonaro fez um segundo depósito em CDB, no valor de R$ 2 milhões, em 30 de junho. Os investimentos em CDB têm prazos de vencimento, sendo o primeiro para 31 de maio de 2028 e o segundo para 2 de junho de 2028. Isso significa que Bolsonaro terá que esperar até essas datas para resgatar o valor investido, a menos que esteja disposto a perder parte da rentabilidade prometida.

Os dados bancários também indicam outra aplicação de R$ 1 milhão em Recibo de Depósito Bancário (RDB), totalizando os R$ 17 milhões divulgados pela imprensa. A principal diferença entre CDBs e RDBs é a liquidez. Enquanto os CDBs permitem resgates a qualquer momento, os RDBs só podem ser retirados na data de vencimento da aplicação.

Segundo o jornal O Estado de São Paulo, o ex-presidente teria distribuído seus familiares mais de R$ 148,3 mil, oriundos da campanha de arrecadação via Pix. Os destinatários seriam sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, a Casa Lotérica Jonatan e Felix LTDA, que pertence a Angelo Guido Bolsonaro, irmão do ex-presidente, e Leda Maria Marques Cavalcante, síndica do condomínio onde vive o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), em Brasília.

Bolsonaro também não teria gostado de ter que desembolsar uma quantia milionária para quitar os honorários de seus advogados que o representam nas investigações em curso no Supremo Tribunal Federal (STF). Essa despesa significativa surgiu após a divulgação de informações sobre doações recebidas via Pix.

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Augusto de Sousa

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