
Foto: Reuters/Adriano Machado
Jair Bolsonaro (PL) quis conversar com dois militares de seu governo sobre a decisão que pretendia tomar em relação à condenação de Daniel Silveira pelo Supremo Tribunal Federal (STF), conforme reportagem da colunista Bela Megale, do O Globo.
Membros da área jurídica do governo orientaram que o presidente falasse com o general Braga Netto, que deve ser vice de Bolsonaro nas eleições de outubro, e o secretário especial de Assuntos Estratégicos da Presidência, o Almirante Flávio Rocha.
Os militares participaram das reuniões com Bolsonaro para decidir o futuro de Silveira na quinta-feira (21) no Palácio do Alvorada e o influenciaram a selar o decreto que concedeu perdão ao deputado. Tanto Braga Netto como Rocha concordaram com a necessidade de “marcar uma posição mais incisiva” sobre o STF.
Na avaliação dos militares, uma medida forte deveria ser tomada de “modo constitucional e sem açodamento”.
Bolsonaro buscava uma maneira para enfrentar o Supremo. Nas vésperas do julgamento que condenou Silveira, o presidente disse ao deputado para não agir, que a briga com o STF é dele e que ele mesmo conduziria a situação, segundo a jornalista.