Saiba quais países se recusaram a receber o ‘Navio da Vergonha”

Atualizado em 13 de outubro de 2024 às 8:07
MV Kathrin, conhecido como “Navio da Vergonha”. Imagem: reprodução.

Desde julho, o MV Kathrin, apelidado de “Navio da Vergonha”, navega à deriva do porto de Hai Phong, no Vietnã, sob bandeira portuguesa. Ele vem sendo monitorado, já que suspeita-se que o navio transporte explosivos destinados a Israel para uso em territórios palestinos.

O cargueiro já teve sua atracação proibida em vários locais: Namíbia, na África; Montenegro, que era seu destino original; Eslovênia e Croácia, na Europa; além da ilha de Malta, situada no centro do Mediterrâneo, entre a Sicília e a costa do norte da África.

Em 27 de setembro, os dirigentes do navio solicitaram a retirada da bandeira portuguesa, mas, dez dias depois, ele ainda estava com ela hasteada. O Bloco de Esquerda em Portugal questionou o governo sobre a situação e se iria “proibir qualquer navio com pavilhão português de se envolver no transporte de armas, munições e equipamentos militares para Israel”. “Vai fazer de Portugal cúmplice do massacre em curso?”, questionava ainda o BE, segundo o jornal Público.

Organizações de direitos humanos lideram a resistência contra a atracação do MV Kathrin, alegando que ele transporta oito contêineres de RDX, um explosivo de alto poder destrutivo encomendado por Israel.

Recentemente, a relatora da ONU, Francesca Albanese, afirmou que existem “motivos razoáveis” para considerar que Israel promove genocídio na Faixa de Gaza. Essa foi a primeira vez que um texto ligado à ONU acusa Israel de genocídio. O governo de Israel ainda enfrenta essa mesma acusação na Corte Internacional de Justiça (CIJ), após a África do Sul apresentar uma denúncia, ação apoiada por diversos países, como o Brasil.

Os ataques israelenses a territórios palestinos, que acontecem há mais de um ano, resultaram na morte de cerca de 42 mil pessoas e mais de 97 mil feridos, com números imprecisos devido a vítimas presas sob escombros de construções destruídas.

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