
De acordo com a colunista Andréia Sadi, do G1, a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encara como “imprevisível” a postura do presidente Jair Bolsonaro (PL) no debate da TV Globo desta quinta-feira (29).
Os aliados do petista se preparam para diferentes cenários. Além do foco na corrupção, a campanha do PT espera encontrar no debate um Bolsonaro do “cercadinho” do Palácio da Alvorada. Em outras palavras, esperam que ele foque em ataques às urnas eletrônicas, agenda de costumes e teorias da conspiração.
Coordenadores da campanha de Lula afirmam que o debate se resumirá em um “vale de tudo”. No entanto, temas como corrupção e escândalos de gestões petistas não são esperados pela campanha, que também destaca uma “dobradinha ” do candidato Padre Kelmon (PTB) com o ex-capitão.
Por sua vez, ainda segundo Andréia Sadi, o QG bolsonarista está “rachado” a respeito da melhor tática na reta final. Uma vez que, políticos do Centrão preferem focar o ataque ao petista em temas ligados a corrupção e escândalos das gestões petistas, e outra ala liderada pelo filho do presidente Carlos Bolsonaro, tem convencido o chefe do Executivo a usar a estratégia de seu filho. Entre políticos, a postura é apelidada de “linha Carluxo”, e tem como foco ataques pessoais contra o petista.
Alguns políticos ainda tentam convencer Bolsonaro a ser mais propositivo e não reproduzir “fake news de zap” sobre seu adversário durante o debate. Na perspectiva de assessores do presidente, o foco nesses assuntos poderá selar o fim da disputa no primeiro turno. No entanto, assim como a campanha de Lula, aliados de Bolsonaro respondem ser “imprevisível” saber o limite que presidente irá chegar neste debate.