Saiba qual “papável” é o maior defensor das mulheres, leigos e dos LGBTQIAP+

Atualizado em 6 de maio de 2025 às 23:44
cardeal maltês Mario Grech falando em microfone e gesticulando, sério, sem olhar para a câmera, em igreja
O cardeal maltês Mario Grech – Divulgação/Diocese de Jundiaí

Com a morte do Papa Francisco (1936-2025), cresce a expectativa sobre o próximo líder da Igreja Católica. Entre os nomes mais cotados para assumir o papado está o cardeal maltês Mario Grech, de 68 anos, visto como um dos principais herdeiros da agenda reformista iniciada por Francisco. Com informações do g1.

Natural do vilarejo de Qala, na ilha de Gozo, em Malta, Grech foi nomeado cardeal em 2020 por Francisco. Antes disso, atuou como bispo de Gozo, com uma postura inicialmente conservadora, que evoluiu com o tempo para uma visão mais progressista, alinhada ao pontífice argentino.

Desde 2020, ele ocupa o cargo de secretário-geral do Sínodo dos Bispos, sendo um dos articuladores da maior consulta global já feita pela Igreja, que ouviu católicos sobre temas como:

  • Participação dos leigos nas decisões da Igreja
  • Papel das mulheres nas estruturas eclesiásticas
  • Inclusão da comunidade LGBTQIAP+
Cardeal Mario Grech e Papa Francisco em cumprimento de mãos, ambos sorrindo, se olhando, de perfil
Cardeal Mario Grech e Papa Francisco – Reprodução

Posição sobre casais do mesmo sexo

Em sintonia com as mudanças promovidas por Francisco, Mario Grech apoiou a bênção a casais do mesmo sexo, medida aprovada recentemente pelo Vaticano. Em entrevista a um jornal local, minimizou as críticas dizendo que a polêmica era apenas “uma tempestade em copo d’água”.

Outro ponto que destaca Grech entre os cardeais é sua postura aberta ao debate sobre a ordenação de mulheres na Igreja. Ele já afirmou considerar o diaconato feminino como um “aprofundamento natural da vontade do Senhor”, o que demonstra seu interesse em ampliar o papel das mulheres no catolicismo.

Em 2017, o maltês já mostrava sintonia com o Papa Francisco ao publicar diretrizes pastorais que permitiram a comunhão de católicos divorciados e recasados. Mesmo com opiniões avançadas, evita confrontos diretos com alas conservadoras. Em entrevista à rede católica EWTN, afirmou:

“A Igreja não é uma democracia, é hierárquica. Mas entendo quem tem dúvidas e medos. Eu também tenho os meus”.

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