Salário mínimo tem aumento em SP a partir de hoje; saiba novo valor

Atualizado em 1 de julho de 2025 às 13:09
Carteira de trabalho

O novo salário mínimo regional de São Paulo entra em vigor nesta terça-feira (1º) e passa a ser de R$ 1.804. O valor representa um reajuste de 10% em relação ao piso anterior, com ganho real estimado em 5% acima da inflação, segundo o governo estadual. O aumento afeta principalmente trabalhadores que não possuem convenções coletivas, como atendentes, operadores de máquinas, cozinheiros e auxiliares de limpeza.

Com a mudança, o valor supera em 18,84% o salário mínimo nacional, que em 2025 está fixado em R$ 1.518. O salário paulista é um dos mais altos entre os pisos regionais do país, atrás apenas do Paraná, onde os valores variam de R$ 1.984 a R$ 2.275, dependendo da faixa ocupacional.

O piso estadual é aplicável apenas a categorias profissionais não contempladas por convenções coletivas ou legislações federais específicas. Isso significa que empregados com acordos sindicais próprios seguem os valores definidos nesses documentos, que geralmente incluem benefícios adicionais como vale-transporte e reajustes periódicos.

Além do reajuste, o governo de São Paulo sancionou duas leis que afetam diretamente o funcionalismo estadual. Uma delas prevê aumento de 5% para servidores ativos, aposentados e pensionistas. A outra cria um abono complementar para garantir que nenhum trabalhador do estado receba menos que o novo salário mínimo regional.

Estima-se que 91 mil pessoas sejam beneficiadas por essa medida complementar, incluindo servidores inativos com direito à paridade salarial. A medida tem impacto direto em categorias de menor renda e busca ajustar os vencimentos à realidade inflacionária do estado.

Outro ponto importante foi a inclusão dos cuidadores de pessoas com deficiência no rol de categorias que passam a receber o novo piso de R$ 1.804. A mudança foi possível após emenda aprovada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), apresentada pela deputada Andréa Werner (PSB).

Profissionais que trabalham mais de dois dias por semana na residência da pessoa atendida são classificados como empregados domésticos, conforme a lei complementar 150. Para esses casos, o piso estadual se aplica quando não há convenção coletiva vigente estabelecendo outro valor.

O aumento no salário mínimo de São Paulo reflete a tentativa do governo estadual de manter o poder de compra das camadas mais vulneráveis diante da inflação. A expectativa é de que o novo valor sirva como referência para negociações trabalhistas e ajude a reduzir a disparidade entre os custos de vida regionais e o piso nacional.