Sanções do G7 contra a Rússia podem respingar no Brasil; entenda

Atualizado em 12 de setembro de 2025 às 23:21
Líderes do G7 reunidos com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Foto: Suzanne Plunkett

Os ministros das Finanças do G7 se reuniram nesta sexta-feira (12), em videoconferência, para discutir novas sanções contra a Rússia e a possibilidade de impor tarifas a países que mantêm comércio com Moscou, sobretudo compradores de petróleo russo. O encontro foi presidido pelo ministro das Finanças do Canadá, François-Philippe Champagne, conforme informações do RT Brasil.

Na reunião, os representantes concordaram em acelerar o uso de ativos russos congelados para financiar o apoio ao governo de Kiev.

“Os ministros também discutiram uma ampla gama de possíveis medidas econômicas para aumentar a pressão contra a Rússia, incluindo novas sanções e medidas comerciais, como tarifas, contra aqueles que facilitam o conflito”, informou o governo canadense em nota oficial.

Os Estados Unidos pressionaram os aliados a aderirem a um “esforço unificado” de imposição de tarifas contra parceiros econômicos da Rússia. Para Washington, esses países ajudam a financiar a “máquina de guerra de Putin”.

O debate atinge diretamente o Brasil, que durante o terceiro mandato do presidente Lula (PT) consolidou-se como o principal comprador de diesel russo, segundo dados oficiais. Essa posição pode colocar o país na mira de tarifas ou restrições discutidas pelo bloco.

Mais cedo, o presidente Donald Trump afirmou que sua paciência com Vladimir Putin está “se esgotando”. Em agosto, o governo americano já havia aumentado a pressão sobre a Índia, elevando para 50% as tarifas sobre produtos indianos, após aplicar uma taxa extra de 25%. A medida teve como objetivo forçar Nova Délhi a reduzir a compra de petróleo bruto da Rússia.

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