MARIA GADÚ ABRAÇA SANDY E A ENCHE DE ELOGIOS: ‘ÍDOLA DA VIDA TODA’.
Essa é apenas uma das dezenas de chamadas sensacionalistas que jornais como o Extra, G1, Uol e outros – dos mais “sérios” aos sites de fofoca – publicam com ilações “inocentes” sobre a relação entre as duas cantoras: Sandy heterossexual, casada com Lucas Lima, bela, recatada e do lar, e Gadú declaradamente lésbica.
São dezenas de matérias com chamadas como “Sandy extrapola o tempo da delicadeza em música inédita gravada com Maria Gadú”, ou “Sandy e Maria Gadú tomam cachaça e se divertem ao gravar música em parceria”, ou ainda “Sandy bebe cachaça, é corrigida gramaticalmente e lança música ‘No escuro’ com Maria Gadú em websérie” e, talvez a melhor de todas, “Sandy emociona mais do que deveria Maria Gadú em show” (????).
“Emociona” é um péssimo eufemismo para o caso.
O G1 transformou uma declaração de amizade e admiração de Maria Gadú para Sandy em uma especulação barata de romance homossexual.
Fora a breguice, o que seria “extrapolar o tempo da delicadeza?”
A mídia faz um esforço surreal para se apropriar de movimentos sérios como o LGBTQ(cedário), inclusive transformar mulheres heterossexuais em potenciais lésbicas enquanto exploram descaradamente a intimidade das verdadeiras lésbicas – como Fernanda Gentil, por exemplo, um argumento de pesquisa que rende centenas de notícias de fofoca no Google.
Fazer fofoca pode até ser divertido de vez em quando, mas definitivamente é coisa de quem não tem nada de útil pra fazer – ou simplesmente se recusa.
Trata-se de caçar clique, apenas.
“Tartarugas vivem mais de 100 anos porque cuidam apenas da própria vida”, noticiou certa vez o próprio G1.
É uma especulação orquestrada para explorar midiaticamente o que para eles ainda é um grande furo: a vida sexual alheia.
Deixem as sapatão em paz.