Santander pede bloqueio dos bens de Jair Renan por dívida de R$ 360 mil

Atualizado em 9 de abril de 2024 às 14:22
Jair Renan, filho de Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

O banco Santander apresentou um pedido à Justiça do Distrito Federal para realizar uma pesquisa de ativos financeiros em nome de Jair Renan Bolsonaro (PL-SC), com o objetivo de identificar bens que possam ser confiscados para liquidar uma dívida no valor de R$ 360 mil.

O pedido foi feito após a Justiça enfrentar dificuldades para entregar uma intimação ao filho “04” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que ele pagasse a dívida. Segundo informações do Tribunal de Justiça do DF, oficiais tentaram contatá-lo três vezes em pouco mais de um mês, sem sucesso em todas as ocasiões.

Jair Renan estava sendo procurado no Distrito Federal, e o endereço fornecido para a intimação era o Estádio Mané Garrincha, listado como a sede da empresa RB Eventos e Mídia, também alvo da solicitação do banco. Porém, desde março de 2023, ele reside em Santa Catarina, onde trabalha como assessor do senador Jorge Seif (PL-SC) e se candidatará para disputar uma vaga como vereador em Balneário Camboriú.

O advogado Admar Gonzaga, que anteriormente defendeu Jair Renan quando ele se tornou réu por falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e uso de documento falso, alegou que seu cliente foi vítima de um golpe. Gonzaga não forneceu nomes, mas destacou que o suposto golpista é conhecido pela polícia.

As acusações contra “04” remontam a um esquema envolvendo falsificação de relatórios de faturamento da empresa RB Eventos e Mídia para obter empréstimos bancários.

Suspeita-se que ele tenha conseguido um empréstimo de R$ 157 mil em 2022, seguido por outros dois em 2023, nos valores de R$ 251 mil e R$ 291 mil. A dívida total que o banco Santander alega que Jair Renan deve é de R$ 360.241,11.

Jair Renan e seu sócio, Maciel. Foto: Reprodução

Um inquérito da Polícia Civil apontou Jair Renan teria utilizado uma declaração de faturamento falso de R$ 4,6 milhões da empresa Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia. Com o documento fraudulento, ele e seu sócio, Maciel Alves buscaram um empréstimo bancário.

“Não há dúvidas de que as duas declarações de faturamento apresentadas ao banco são falsas, por diversos aspectos, tanto material (…) quanto ideológico, na medida em que o representante legal da empresa RB Eventos e Mídia fez inserir nos documentos particulares informações inverídicas consistentes nos falaciosos faturamentos anuais”, diz o inquérito.

Segundo as investigações, o filho do ex-presidente e seu sócio contraíram ao menos três empréstimos no Banco Santander. Jair Renan ainda teria sido beneficiado por parte dos valores obtidos de forma ilícita por meio do pagamento da fatura do cartão de crédito de sua empresa.

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