São Paulo: “frente ampla contra o fascismo” pode incluir Nunes contra Marçal

Atualizado em 3 de outubro de 2024 às 20:20
Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), candidatos à Prefeitura de São Paulo. Foto: Reprodução

A esquerda tem articulado a criação de uma “frente ampla contra o fascismo” nas eleições de São Paulo e a pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (3), que mostrou um empate triplo entre Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB), deu força ao movimento. A ideia é formar um grupo similar ao que foi criado no segundo turno da eleição de 2022 contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O foco do movimento agora será o ex-coach, que cresceu três pontos desde a última pesquisa, da semana passada. Nunes, que perdeu três pontos no mesmo período, deve ser incluído na frente caso não faça parte do segundo turno, de acordo com a coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo.

Representantes do Grupo Prerrogativas têm conversado com políticos da cúpula do MDB, partido de Nunes, e alguns ministros de Lula, como Renan Filho (Transportes) e Jader Filho (Cidades). Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do coletivo de advogados, afirmou que o foco da esquerda no primeiro turno “é para que Boulos chegue em primeiro lugar”.

“O cenário está aberto, mas é claro que é mais fácil para gente dialogar com uma parte do eleitorado e dos apoiadores do Nunes que não são bolsonaristas”, afirma.

Tabata Amaral (PSB), candidata à Prefeitura de São Paulo, está irritada com campanha por voto útil em Boulos. Foto: Reprodução

Ao mesmo tempo, tem surgido uma campanha por voto útil em Boulos na reta final da campanha. O psolista aparece na liderança numericamente em pesquisa Datafolha divulgada hoje. Tabata Amaral (PSB), que aparece em quarto lugar com 11% e seria a mais prejudicada pelo movimento, se irritou com a campanha.

Marco Aurélio negou que o Prerrogativas faça parte da campanha, mas afirma compreender o movimento, já que o voto útil poderia garantir a ida de Boulos ao segundo turno. Ele aponta que quer “uma boa relação com Tabata para contar com o apoio dela” na segunda etapa da disputa.

“Nós respeitamos o direito da candidatura da Tabata. Esta pregação pelo voto útil surgiu dentro do próprio grupo de apoiadores dela. Por outro lado, frente os dados do Datafolha, a gente compreende os motivos pelos quais as pessoas estão se manifestando pelo voto em Boulos neste momento de definição”, afirmou à coluna Painel na Folha de S.Paulo.

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