Publicado originalmente no perfil do autor
Por Luis Felipe Miguel
Ameaças verbais muitas vezes são só bravatas, feitas quando alguém perde a cabeça.
Mas, no caso de Sara Winter, há três elementos a ponderar:
1) Ela não perdeu a cabeça. Fez uma performance deliberada, de caso pensado, para passar um recado.
2) Não foi só a ameça de “trocar soco com esse filha da puta desse arrombado”, como ela disse em seu linguajar refinado. Ela anuncio um plano de importunação e convocou seus correligionários a se somarem a ele.
3) Ela não é uma cidadã qualquer. Ela é a líder de uma milícia armada.
Um bom momento para mandá-la para a cadeia. Motivos não faltam. Fico com pena das outras presidiárias – conviver com Sara Winter certamente se enquadra naquilo que nos Estados Unidos chamam de “punição cruel e incomum”.