Sardenberg: as dores de uma viúva da Lava Jato. Por Kakay

Atualizado em 23 de dezembro de 2023 às 19:58
Carlos Alberto Sardenberg

POR KAKAY 

Eu tenho como regra não responder às viúvas da Lava Jato. A gente nunca sabe quem paga a conta desse grupo. Desconfio…

No entanto, a leviandade de um articulista de um dos grandes jornais brasileiros choca. Ele defende que eu não deveria ter o direito de advogar!

Na sua medíocre e limitada visão, sempre a serviço do seu grupo político, sabe-se lá a que preço, o advogado não deve ter relações pessoais com ninguém. Logo ele, que vendeu a alma para o lavajatismo. São as hipocrisias de ontem e de hoje.

Contudo, o que ele não pode é afirmar que os ministros tomam “vinhos Grand Cru” e que aí “não estão fazendo seu trabalho”. Nesses casos, ele está exercendo a maldade vulgar que o caracteriza. Lamentável.

E até mesmo a mediocridade, a leviandade e a pena a soldo devem ter limites. Claro que essas matérias que alimentam o imaginário de quem não conhece a realidade de Brasília e que servem a propósitos específicos, caros propósitos, têm sua finalidade.

Em regra, não respondo a medíocres que estão a soldo de quem sempre os sustentaram. E que não suportam a vitória do Lula e da democracia.

Não faço esta nota para me defender de nada, até porque não reconheço autoridade moral ou intelectual de viúva alguma enlouquecida e desamparada, mas, em respeito e em homenagem ao Judiciário, sinto-me na obrigação de registrar meu desprezo por essa intriga baixa e que não honra o jornalismo brasileiro.