
Daniel Mastral, encontrado morto na noite de domingo (4) na Aldeia da Serra, em Barueri (SP), publicou em 2000 um livro contando sua história de ligação direta ao satanismo e como abandonou a seita para se tornar protestante.
No livro “O Filho do Fogo”, que contou com dois volumes, o escritor narra a história do satanismo no Brasil e como essa se infiltrou na sociedade brasileira, incluindo na política e nas igrejas. Mastral ainda conta ter sido convidado a ingressar no satanismo quando era estudante.
Segundo o escritor, ele foi “planejado” pelos satanistas e concebido como parte de um acordo. A mãe dele, que não sabia sobre o suposto acordo, teria sido seduzida pelo maior líder satanista do país, que somente apareceu para ele anos depois.

Embora Mastral tenha se referido ao suposto pai biológico apenas como “Marlom” em seus livros, a descrição foi interpretada por influenciadores evangélicos como uma alusão ao ex-presidente Michel Temer (MDB). A teoria surgiu em 2005, quando o político era apenas um deputado federal.
Temer desmentiu a história diversas vezes, mas o ex-satanista nunca revelou a verdadeira identidade de seu pai biológico, alegando que os nomes foram preservados para proteger a si mesmo e à sua família.