Saúde desmente que Israel tenha cancelado contrato após fala de Lula

Atualizado em 1 de março de 2024 às 20:39
Lula com expressão séria, fazendo sinal de agradecimento
Lula em foto recente – Reprodução/Instagram

Após a circulação de informações falsas relacionadas ao cancelamento de contratos de exportação na área da saúde entre Israel e o Brasil, o Comprova, serviço de checagem da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), realizou uma verificação dos fatos.

Postagens mencionavam a suposta venda de um dispositivo de detecção precoce de câncer de mama e próstata, alegando que tais contratos foram cancelados em razão de declarações do presidente Lula (PT). No entanto, conforme verificado, eles nunca existiram.

Tanto o Ministério da Saúde quanto o Instituto Nacional do Câncer (Inca) negaram a existência de qualquer contrato de importação de equipamentos para tratamento oncológico com o governo de Israel. Além disso, a Sociedade Brasileira de Mastologia confirmou que o dispositivo mencionado nas postagens não é real, enfatizando as complexidades envolvidas na detecção precoce do câncer de mama.

“As alegações de cancelamento de contrato são infundadas e foram categorizadas como informações falsas”, ressaltou o Instituto, ao ser procurado pela Folha de S.Paulo.

O post em questão sugeria que os contratos teriam sido firmados durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), em 2019, e que a tecnologia estaria disponível a partir de agosto de 2024. No entanto, tais afirmações foram categorizadas como infundadas e falsas pelo Comprova.

O conteúdo disseminado também atribuía o suposto cancelamento dos contratos às declarações de Lula sobre a guerra na Faixa de Gaza, em uma entrevista realizada em Adis Abeba, na Etiópia. No entanto, o Comprova esclareceu que não houve tal cancelamento e que as declarações do petista não foram o motivo, desmistificando as alegações difamatórias.

O Comprova reforça sua missão de monitorar e desmentir conteúdos falsos que circulam nas redes sociais e aplicativos de mensagem, especialmente aqueles relacionados a políticas públicas e eleições no âmbito federal. Falsidades inventadas ou editadas com o intuito deliberado de enganar o público são categorizadas como falsas pelo Comprova.

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