Saúde frágil faz Bolsonaro ser aconselhado a acompanhar de casa julgamento no STF

Atualizado em 1 de setembro de 2025 às 9:20
O ex-presidente Jair Bolsonaro em prisão domiciliar – Foto: Reprodução

Médicos, familiares e advogados orientam Jair Bolsonaro a acompanhar de casa o julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para começar na terça-feira (2). Com informações do Globo.

A saúde debilitada do ex-presidente é o principal argumento usado pelo entorno, que defende a permanência em prisão domiciliar e a participação apenas por meio remoto. Ainda assim, aliados lembram que a decisão final caberá ao próprio Bolsonaro, que pode optar por ir ao Supremo como uma “demonstração de força” diante de sua militância.

Nos últimos dias, o ex-chefe de Estado voltou a sofrer crises de soluços e vômitos devido a uma esofagite, segundo pessoas próximas. O senador Rogério Marinho (PL-RN), secretário-geral do partido, afirmou que não se inscreverá para representá-lo na sessão: “Vou acompanhar o julgamento do Senado, sabendo que o relator já prejulgou a ação. Bolsonaro tem o meu apoio e a minha solidariedade. Acredito que a única opção de mudarmos o jogo é no parlamento com a anistia”.

Na Câmara, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), deve propor que a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro seja colocada em pauta na reunião de líderes. A iniciativa, porém, enfrenta resistência de partidos de centro e esquerda, que rejeitam discutir o tema neste momento.

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), após visitar o pai, descreveu a situação delicada da saúde do ex-presidente: “Está magro, não tem vontade de se alimentar e segue enfrentando intermináveis crises de soluço e vômitos. Dói demais ver tudo isso, mas sinto como obrigação compartilhar um pouco da realidade do momento com todos que estão sofrendo junto conosco”.

Além de Bolsonaro, a ação penal do chamado “núcleo 1” da trama golpista envolve Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.

Eles respondem por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e participação em organização criminosa armada.