SC tem prejuízo diário de quase R$ 37 milhões com bloqueios bolsonaristas

Atualizado em 2 de novembro de 2022 às 18:39
Protesto de bolsonaristas em Florianópolis, Santa Catarina.
Foto: Reprodução

O governo de Santa Catarina calcula um prejuízo de até R$ 36,8 milhões por dia nos setores de suínos e aves devido aos bloqueios realizados por bolsonaristas em rodovias. O estado é o que mais tem vias total ou parcialmente interditadas, com pelo 36 ocorrências, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Maior produtor e exportador de carne suína do Brasil, em 2021, Santa Catarina foi responsável por 53,4% destas receitas, ou US$ 1,32 bilhão (cerca de R$ 6,8 bilhões), com a venda do produto para o exterior, tendo exportado carne suína para 70 países, de acordo com dados do Ministério da Economia.

Entre janeiro e setembro de 2022, a participação do estado nas vendas do Brasil ao exterior foi ainda maior, de 56,2%, com ganhos de US$ 973 milhões (R$ 5 bilhões). A cadeia de suinocultura no estado é responsável pelo abate de 40 mil animais por dia, conforme o governo do estado. Cada dia parado corresponde a um prejuízo de R$ 26,8 milhões.

Santa Catarina também é o segundo maior produtor e exportador de carne de frango do Brasil, responsável por 22,9% das receitas, US$ 1,59 bilhão (R$ 8,2 bilhões), com o produto em 2021, segundo o Ministério da Economia. No ano passado, a carne de frango do estado foi exportada para 129 países.

Entre janeiro e setembro de 2022, Santa Catarina respondeu por 21,3% das vendas de frango do Brasil ao exterior. O estado perde apenas para o Paraná, que é o maior produtor e exportador do país. Em Santa Catarina, são abatidas 2,3 milhões de aves por dia. O prejuízo diário com a paralisação corresponde a R$ 10 milhões.

“Em situações de represamento de suínos e aves a campo, os animais terão que ser sacrificados na propriedade, trazendo possíveis prejuízos ao meio ambiente, à saúde pública, à sanidade e ao bem-estar animal”, diz o governo do estado, em nota.

A Secretaria de Agricultura de Santa Catarina orientou os produtores que evitem transitar em rodovias com cargas de animais, que correm o risco de passar sede e fome, além de ficarem exaustos e em casos extremos, levar à morte.

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