Se a democracia brasileira quer ter futuro, é imprescindível punição para Torres e Bolsonaro. Por Luis F. Miguel

Atualizado em 3 de abril de 2023 às 11:24
Anderson Torres e Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução)
Luis Felipe Miguel
O ministro da Justiça do governo Bolsonaro pediu à diretora de Inteligência do órgão, Marília Alencar, um levantamento dos locais em que Lula tinha obtido as maiores votações no primeiro turno. Investigada, ela tentou apagar o documento, mas a Polícia Federal conseguiu recuperá-lo.
Em seguida, o ministro Anderson Torres acertou com a Polícia Rodoviária Federal, então dirigida pelo notório Silvinei Vasques, um plano para atrapalhar a chegada dos eleitores destes locais às urnas do segundo turno.
Chegou a ir à Bahia, solicitar pessoalmente o apoio da Polícia Federal à PRF na tarefa de bloquear os eleitores.
Anderson Torres sempre foi um dos auxiliares mais próximos de Jair Bolsonaro. Há muitos indícios de que estiveram juntos tramando um golpe que impedisse a volta de Lula ao governo.
Se a democracia brasileira quer ter futuro, é imprescindível que haja punição severa para todos os envolvidos nestas tramas.
Originalmente publicado no Facebook do autor
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Luís Felipe Miguel
Professor de ciência política da Universidade de Brasília (UnB) e coordenador do Demodê - Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades.