Se acreditam mesmo na ‘gripezinha’, por que os defensores do fim da quarentena não saíram a pé?

Atualizado em 27 de março de 2020 às 17:23
Jair instiga o imaginário dos seus seguidos todos os dias, a partir do Palário do Alvorada. Foto: Reprodução/Twitter

Como num passe de mágica, Bolsonaro mobilizou setores importantes do país a saírem às ruas pelo fim da quarentena. Independentemente de ações governamentais, o que colou mesmo no imaginário dos seus seguidores foi a tese da ‘gripezinha’.

Numa conversa com populares em frente ao Palácio da Alvorada no início da noite desta quinta, 26, Jair estava exultante.

“O brasileiro precisa aprender a cuidar dos seus velhinhos sem depender do governo”, disse, rindo.

“Não pode ficar na dependência para tudo. O povo tem que trabalhar”.

Missão dada, missão cumprida.

Bolsonaristas de diversas matizes atenderam ao chamado e rapidamente se organizaram em carreatas pelas capitais e grandes cidades.

Mas um detalhe logo chamou a atenção: ninguém saiu de seus carros.

Medo?

Se acreditam mesmo que a pandemia não vai além de espalhar uma simples ‘gripezinha’, como desdenha o presidente, por que não foram a pé?