Se estivesse preso, Bolsonaro não viveria o fiasco das andanças pelo Brasil. Por Moisés Mendes

Atualizado em 2 de dezembro de 2023 às 23:03
Ex-presidente Jair Bolsonaro é recebido por apoiadores no Ceasa de Natal (RN). (Foto: Reprodução)

Bolsonaro anda em périplo pelo Brasil, num dos maiores fracassos da história das andanças da política nacional. Meia dúzia apareceu para recebê-lo em Natal.

Se estivesse preso, não teria enfrentado esse e outros fracassos em sua excursão pelo Nordeste.

Se o sistema de Justiça tivesse encarado o fascismo graúdo e Bolsonaro estivesse preso, só Michelle estaria encarregada de atacar Lula e Gleisi Hoffmann com argumentos ditos bíblicos.

Mas o sistema de Justiça só enfrentou até agora o fascismo miúdo, do varejo, o fascismo sem proteção de militares, milicianos e de Deus acima de tudo.

Se tivesse enfrentado e Bolsonaro estivesse na cadeia, o sistema de Justiça não enfrentaria o constrangimento de ser acusado de só pegar a chinelagem da extrema direita.

Se Bolsonaro estivesse recebendo pastores na prisão, patriotas e terroristas presos pelo 8 de janeiro teriam o consolo de que não são os únicos condenados pelo golpe tabajara planejado pelo muambeiro e seus militares.

Se Bolsonaro tivesse sido contido, pelo conjunto de crimes que cometeu, desde o genocídio da pandemia, não estaria atacando até hoje o Supremo e as eleições.

O chefe dos muambeiros é um homem solto e livre porque Ministério Público e Judiciário se acovardaram e não levaram adiante os processos contra ele. E Alexandre de Moraes não pode fazer tudo sozinho.

A única punição de Bolsonaro até hoje foi a da Justiça Eleitoral, que o tornou inelegível por oito anos a contar da eleição do ano passado.

Basta? Não basta. Bolsonaro precisa ser preso. Porque, se Bolsonaro estivesse preso, nem esse texto existiria e estaríamos falando só da briga de Michelle com Gleisi Hoffmann.

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O MEDO

Quanto menos tem e quanto mais tem Deus acima de tudo, mais o brasileiro teme o comunismo, porque assim, com esse medo, ele finge proteger o que não existe.

Quanto menos tem e quanto mais tem Deus acima de tido, mais o brasileiro teme o comunismo, porque assim, com esse medo, ele finge proteger o que não existe.

O brasileiro que acredita em Michelle e teme o comunismo finge ser proprietário do que não tem e nunca teve.

Temer o comunismo é o seu fingimento preferido, porque assim ele finge fazer parte dos mesmos grupos de ricos e ‘religiosos’ que o assustam com os comunistas.

O brasileiro pé-rapado que teme o comunismo tem as mesmas crenças dos que invadiram Brasília tentando se convencer de que Bolsonaro aplicaria o golpe.

Não acreditam nem comunismo nem em golpe, mas fingem que acreditam para levar adiante o autoengano de que são proprietários de bens ameaçados.

O pelado anticomunista teme perder até o Chevette que não tem.

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DINOS

Depois de investigar a vida do tataravò de Flavio Dino, só falta o Estadão mandar um repórter à Pangeia, para tentar descobrir (já que ele se chama Dino) a ligação do ministro com o mesosaurus.

Flávio Dino. (Foto: Reprodução)

Originalmente publicado em Blog do Moisés Mendes

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