Um jovem de 24 anos foi vítima de um assalto violento na tarde de 17 de março, na zona sul de São Paulo. O crime ocorreu nas proximidades da Estação Brooklin do metrô (Linha 5-Lilás), em Santo Amaro, quando ele foi forçado por um criminoso a entrar em um beco sob ameaça de morte.
A vítima, identificada como Luís (nome fictício), teve o celular roubado e sofreu um prejuízo de cerca de R$ 6 mil em transações bancárias feitas pelo assaltante. O caso está sendo investigado pelo 11° Distrito Policial de Santo Amaro. A ViaMobilidade, responsável pela linha do metrô, disse estar à disposição das autoridades.
Luís caminhava pela estação quando percebeu o ambiente hostil e gravou um áudio para um amigo relatando o clima de insegurança. Pouco depois, foi abordado por um homem que alegava ser integrante de uma “biqueira” e o acusou de estar gravando vídeos que poderiam atrapalhar o esquema de tráfico local.
Com medo, o jovem tentou provar que não estava gravando nada, mas mesmo assim foi obrigado a caminhar por ruas próximas, como a Andrea Paulinetti, até entrar em um beco sem saída, onde foi rendido. Sob ameaça de morte, entregou o celular e as senhas de acesso, sendo posteriormente liberado.
A polícia confirmou que se tratava de um golpe. Após o criminoso fugir, Luís ficou paralisado por alguns minutos, achando que seria sequestrado. Só correu quando viu uma mulher em um prédio próximo, a quem pediu ajuda. O boletim de ocorrência foi registrado como roubo.
Dados do “Radar da Criminalidade” mostram que apenas em fevereiro houve seis roubos de celulares na Rua Andrea Paulinetti. Em todo o distrito de Santo Amaro, foram 247 ocorrências no mesmo período, sendo 133 furtos de celular, 57 roubos de celular e 52 furtos de veículos. Com informações do Estadão.
A SSP-SP afirma que a criminalidade na região teve queda no primeiro bimestre de 2025, com redução de 11,02% nos roubos em geral e quase 18% nos roubos de veículos. Ainda assim, 1.110 pessoas foram presas e mais de 12 mil celulares suspeitos foram apreendidos pela Operação Mobile.
Abalado, Luís perdeu cerca de R$ 10 mil somando os valores roubados e o celular. Um dos bancos ressarciu parte da quantia, mas o C6 Bank ainda não sinalizou reembolso. Além das perdas materiais, ele enfrenta traumas psicológicos e teme reencontrar o agressor, o que reforçou o desejo antigo de deixar o Brasil.
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