Se não tomar providências contra Moro, todo o judiciário estará desmoralizado, diz Erika Kokay

Atualizado em 15 de junho de 2019 às 19:05
Erika Kokay

Publicado originalmente na Rede Brasil Atual

“Se o STF não tomar providências, todo o Judiciário brasileiro estará mundialmente desmoralizado como tribunal de exceção político”, afirmou hoje (15) em sua conta no Twitter a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), repercutindo a divulgação de ontem à noite pelo The Intercept, com mais diálogos do ministro da Justiça Sergio Moro, desta vez desqualificando a defesa do ex-presidente Lula.

“A Globo demorou quase 50 anos para admitir que apoiar a ditadura de 1964 foi um erro. Quantos anos serão necessários para a Globo pedir desculpas ao Lula e assumir que fazer parte da Lava Jato foi uma estratégia política para tirar o PT do poder”, perguntou ainda a deputada.

“A Globo vai ficar sozinha defendendo os crimes de Sergio Moro e Deltan Dallagnol para pedir desculpas daqui a 40 anos? É tão difícil assim fazer jornalismo”, indagou também o deputado federal Paulo Pimenta, repercutindo a divulgação do The Intercept.

Já o deputado Wadih Damous (PT-RJ) usou as redes sociais para afirmar que a a parcialidade de Moro sempre foi evidente. “O que eu não tinha como saber era o grau intenso de promiscuidade com Dallagnol e a cumplicidade dos dois nas práticas criminosas hoje reveladas”, disse.

O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis disse no Twitter que “o ConjeGate fica mais tenebroso a cada hora”, afirmou, referindo-se ao ministro Sergio Moro, que em depoimento na Câmara confundiu a palavra “cônjuge” e falou “conje”. “Agora descobrimos que o conje era o diretor de marketing da Lava Jato, sugerindo o timing de notas à imprensa para o comando do MP. Ele também debochava da defesa e do réu para os promotores. Ouso prever que vem coisa pior por aí”, disse.