
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta terça (2) que, caso a Europa deseje guerra, seu país está pronta para enfrentá-la. Durante uma conversa sobre as negociações de paz, ele rejeitou as propostas feitas pela Ucrânia e líderes europeus, especialmente no plano elaborado pelo governo de Donald Trump.
O mandatário russo afirmou que os pontos apresentados são “totalmente inaceitáveis” para Moscou, como a possível cessão de territórios ucranianos e a redução do tamanho do Exército da Ucrânia. O plano, elaborado pelos Estados Unidos, inclui medidas que favoreciam a capital, como a redução das forças armadas ucranianas e a permanência da Ucrânia fora da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Durante a conversa, Putin também expressou insatisfação com a postura da Europa, que, segundo ele, não quer a paz e estaria em busca de uma guerra. O presidente russo ressaltou que, se for essa a vontade da Europa, a Rússia está preparada para combater.
No mesmo dia, Putin comemorou a captura da cidade de Pokrovsk, no leste da Ucrânia, que ele considerou uma “conquista importante”. No entanto, a Ucrânia não confirmou a captura, e as forças ucranianas alegaram ainda controlar o norte da cidade.
Pokrovsk, que é estratégica por sua localização, tem sido um ponto-chave nas batalhas, e sua perda poderia representar um avanço significativo para as tropas russas.

O conflito faz parte de uma série de ofensivas russas, e a captura da cidade poderia permitir um avanço em direção ao oeste da Ucrânia, onde as defesas ucranianas estão mais dispersas. Especialistas militares alertam que, se a cidade cair, as tropas russas poderiam cercar as forças ucranianas e tomar mais território no leste.
Putin também fez questão de afirmar que, se as negociações de paz não avançarem, as forças russas continuarão a expandir seus ganhos territoriais na Ucrânia. O Kremlin continua pressionando por concessões da parte ucraniana, especialmente em relação à soberania territorial.
A pressão também vem do lado da União Europeia e da Otan, que têm intensificado os preparativos militares em resposta às ações russas.