Secom já propagandeou cloroquina como “tratamento mais eficaz contra o coronavírus”

Atualizado em 12 de maio de 2021 às 11:35

Na CPI da Covid, Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secom, afirmou que a secretaria fez diversas campanhas publicitárias durante a pandemia, mas esqueceu de citar uma veiculada em 21 de março do ano passado.

A publicação dizia que “a hidroxicloroquina é o tratamento mais eficaz contra o coronavírus” e chamava o remédio de “esperança” contra a doença.

O post foi apagado, mas prints seguem disponíveis.

A fonte da informação é um questionário feito por e-mail, que não tem peso de evidência científica.

Wajngarten alegou que não houve interferência de Bolsonaro na Secom.

Ou seja, se ele tinha autonomia, é responsável por propagandear drogas sem eficácia comprovada contra a covid-19.

Mesmo assim, ele disse na CPI que usou critérios científicos nas campanhas da Secom durante a pandemia.

Outra publicação, que ainda está disponível no Twitter da secretaria, anuncia que o Ministério da Saúde determinou “novas orientações para o uso da cloroquina ou da hidroxicloroquina no tratamento precoce de pacientes diagnosticados com Covid-19”.