Um dos amigos do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), o secretário nacional da Justiça, José Vicente Santini, comprou uma mansão milionária no valor de R$ 6,7 milhões próxima a casa do senador Flávio Bolsonaro (PL). Santini tornou-se uma figura conhecida no início de 2020.
O secretário deu em troca, ao preço de R$ 4,2 milhões, uma cobertura adquirida em abril de 2020, três meses após Santini ser exonerado da Casa Civil. Para completar o valor da casa, a mulher do secretário pagou mais R$ 2,5 milhões.
Segundo ele, o dinheiro advém de economias pessoais e rendimentos provenientes de uma empresa de segurança da qual é sócio.
“O salário que eu ganho no governo não é o salário que compõe a minha renda. Sou advogado e sou dono de uma empresa, da minha família, há doze anos”, afirmou
“Sei que outras pessoas têm cargos públicos ou mandato, mas não é o meu caso. Não sou servidor público, não sou parlamentar”, disse, logo após ser lembrado da semelhança de suas aquisições imobiliárias com as do senador Flávio Bolsonaro.
“Meu dinheiro é todo declarado. Não tem um real que eu ganhei na minha vida que não tenha sido declarado”, continuou
“Está tudo na minha declaração de imposto de renda. Eu e minha esposa usamos o dinheiro que ganhamos a vida inteira para comprar a casa”, declarou Santini
Em 2020, ele pediu um jatinho da Força Aérea Brasileira para voar da Suíça, onde havia participado do Fórum Econômico Mundial, para a Índia. Jair Bolsonaro teve de demitir Santini, conta a vontade.
Oito meses após o caso ele foi nomeado assessor especial do então ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente e também foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, que serve diretamente ao gabinete do presidente da República. Já em agosto de 2021, Santini mudou para o posto de secretário nacional de Justiça, um dos mais prestigiosos cargos do poderoso Ministério da Justiça.