Secretário de Segurança do DF quer acabar com acampamento bolsonarista antes da posse de Lula

Atualizado em 26 de dezembro de 2022 às 16:27
Acampamento golpista em frente ao QG do Exército em Brasília
Foto: Reprodução

O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, delegado Júlio Danilo, disse nesta segunda-feira (26) que a intenção do governo do Distrito Federal é desmobilizar os acampamentos bolsonaristas concentrados no Quartel General do Exército, em Brasília.

Em entrevista ao Estadão, Danilo afirmou que os movimentos para desmontar as barracas serão intensificados nesta semana. “Eles (Exército) fizeram um movimento na semana passada de tentar ir desmontando barracas, já ir desocupando, mas eu acredito que nesta semana vai se intensificar isso daí. Nós temos constante contato com eles, com o Exército, para que a gente possa avançar nisso”, disse.

Bolsonaristas estão reunidos no local como forma de protesto desde que Jair Bolsonaro (PL) perdeu a eleição para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Eles pedem intervenção federal para impedir que o petista tome posse no dia 1º de janeiro.

Após a prisão do indígena bolsonarista José Acácio Serene Xavante, conhecido como Cacique Serere Xavante, no último dia 12 de dezembro, vândalos queimaram carros, ônibus e depredaram prédios públicos e privados na área central de Brasília.

No dia 24 de dezembro, véspera de Natal, um bolsonarista tentou explodir uma bomba em uma área próxima ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. Nos dois casos, as forças de segurança do DF confirmaram ligação com os golpistas acampados no QG.

O secretário não descarta novas prisões envolvendo os dois casos nos próximos dias. “Outras ações serão realizadas em decorrência dessa prisão (do homem que tentou explodir a bomba). Fora que a gente tem investigação em andamento em relação aos atos do dia 12. Outras diligências e ações serão realizadas”, afirmou

Danilo disse ainda que no dia 1º de janeiro, a posse de Lula vai contar com 100% com o efetivo da Polícia Militar. Para entrar na Esplanada dos Ministérios será necessário passar por revistas, o trânsito será fechado e haverá barreira anti-drone. É esperado um público de cerca de 300 mil pessoas, segundo a equipe de transição de governo.

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