Segundo o Vem Pra Rua, o melhor deputado do Brasil é citado na Lava Jato e ganhador de prêmio de “racista do ano”

Atualizado em 8 de dezembro de 2017 às 9:13
Rogério Chequer anuncia seu novo projeto, “Tchau, Queridos”

O grupo Vem Pra Rua, um dos que que desfilaram na Paulista no impeachment, inventou uma ferramenta chamada “Tchau, Queridos”.

Junto com o site Ranking dos Políticos, o VPR quer divulgar em redes sociais o nome de congressistas que não devem ser reeleitos, de acordo com critérios das duas organizações.

“Ainda temos muitos ‘queridos’ que precisam sair para a vida política melhorar no Brasil”, diz Rogério Chequer, líder da turma — que acaba de anunciar sua candidatura a deputado federal.

A expressão é uma alusão à maneira como Lula se despediu de Dilma no telefonema grampeado por Moro e divulgado no Jornal Nacional.

Ninguém sabe direito como funciona a coisa, mas cheira, como sempre em se tratando desses refugos do golpe, a picaretagem.

O site, informa a Folha, classifica os congressistas por características como participação em sessões, gasto de verba pública e processos na Justiça.

“Não tem direcionamento pró-esquerda ou pró-direita”, falou Alexandre Ostrowiecki, um dos fundadores do Ranking. Ele garante que o negócio tem “caráter apartidário” (essa é nova) e que o importante é o “combate à corrupção” e a defesa da “propriedade privada” e do “regime de mercado”.

Na segunda-feira, dia 4, quem aparecia em primeiro lugar no tal Ranking era o deputado Luis Carlos Heinze, do PP do RS. Heinze ficou famoso em 2013 quando afirmou que “quilombolas, índios, gays, lésbicas” são “tudo que não presta”.

Em fevereiro do ano seguinte, confrontado com um vídeo com essas declarações, ele ratificou tudo e aconselhou os produtores rurais a contratarem seguranças privados, mesmo que isso acarretasse derramamento de sangue.

Meses depois, durante o Leilão da Resistência, em Campo Grande, promovido para arrecadar dinheiro para a formação de milícias privadas contra indígenas, Heinze falou que o então ministro Gilberto Carvalho “aninha no seu gabinete índios, negros, sem terra, gays, lésbicas”.

Uma ONG inglesa o elegeu “Racista do Ano”. Citado na Lava Jato em delação do doleiro Yousseff, Heinze está entre seis políticos do diretório gaúcho do PP com pedido de investigação autorizado pelo STF.

Heinze, “racista do ano” citado na Lava Jato, é recomendado pelo Vem Pra Rua