
O Brasil oficializou nesta segunda-feira (18) o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, durante a abertura da cúpula de líderes do G20, que acontece no Museu de Arte Moderna do Rio nesta quarta-feira (18) e se estende até terça-feira (19).
A iniciativa, liderada pelo governo do presidente Lula (PT), reúne 147 membros fundadores, incluindo 81 países, a União Africana, a União Europeia, 24 organizações internacionais, nove instituições financeiras globais e 31 entidades filantrópicas e não governamentais.
Um ponto notável é a ausência da Argentina na lista de adesões. Sob o comando do presidente ultraliberal Javier Milei, o país é o único do bloco das maiores economias mundiais a não participar do projeto. Essa postura reflete uma resistência às agendas propostas pela presidência brasileira no G20.
A Aliança Global tem como meta articular programas sociais que possam beneficiar 500 milhões de pessoas em países de baixa e média renda até 2030. Para o governo Lula, a iniciativa representa o principal legado do Brasil no G20, destacando-se como uma prioridade estratégica para combater desigualdades em escala global.
O processo de adesão à Aliança começou em julho, quando o projeto foi apresentado na força-tarefa liderada pelo Brasil e por Bangladesh. Desde então, 41 países, incluindo Canadá, Estados Unidos, Egito, Chile, Somália e Zâmbia, manifestaram apoio público à iniciativa. Além de governos, a Aliança conta com a participação de bancos multilaterais e organizações internacionais. Também foi prevista a possibilidade de países endossarem o projeto sem adesão plena.

A proposta brasileira busca ampliar o alcance global das políticas de redução de desigualdades, uma das três principais agendas do governo Lula no G20. O Brasil assume uma posição de liderança nesse debate, impulsionado pela reputação de Lula como um defensor das causas sociais e pelo histórico de sucesso de programas como o Bolsa Família, que serve como modelo para iniciativas globais.
Entre as ações previstas pela Aliança estão a expansão de merendas escolares em países afetados por fome e pobreza infantil, iniciativas em saúde materna e infantil e programas de inclusão socioeconômica voltados para mulheres. Além disso, a governança do projeto será vinculada ao G20, garantindo sua articulação com as economias mais influentes do mundo.
O Brasil também se comprometeu a investir R$ 50 milhões no secretariado da Aliança, com contribuições adicionais de países como Noruega, Portugal e Espanha. A iniciativa representa um esforço global para enfrentar as desigualdades sociais e posiciona o Brasil como protagonista no combate à fome e à pobreza no cenário internacional.
Confira a lista de países fundadores da aliança contra a fome:
- Alemanha
- Angola
- Antígua e Barbuda
- África do Sul
- Arábia Saudita
- Armênia
- Austrália
- Bangladesh
- Benin
- Bolívia
- Brasil
- Burkina Fasso
- Burundi
- Camboja
- Chade
- Canadá
- Chile
- China
- Chipre
- Colômbia
- Dinamarca
- Egito
- Emirados Árabes Unidos
- Eslováquia
- Estados Unidos
- Espanha
- Etiópia
- Filipinas
- Finlândia
- França
- Guatemala
- Guiné
- Guiné-Bissau
- Guiné Equatorial
- Haiti
- Honduras
- Índia
- Indonésia
- Irlanda
- Itália
- Japão
- Jordânia
- Líbano
- Libéria
- Malta
- Malásia
- Mauritânia
- México
- Moçambique
- Mianmar
- Nigéria
- Noruega
- Países Baixos
- Palestina
- Paraguai
- Peru
- Polônia
- Portugal
- Quênia
- Reino Unido
- República da Coreia
- República Dominicana
- Ruanda
- Rússia
- São Tomé e Príncipe
- São Vicente e Granadinas
- Serra Leoa
- Singapura
- Somália
- Sudão
- Suíça
- Tadjiquistão
- Tanzânia
- Timor-Leste
- Togo
- Tunísia
- Turquia
- Ucrânia
- Uruguai
- Vietnã
- Zâmbia
- União Africana
- União Europeia