A representante especial para equidade racial e justiça do governo de Joe Biden, Desirée Cormier Smith, resolveu se intrometer na política brasileira e criticar a escolha de ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF), durante visita ao Brasil.
Smith afirmou que já passou da hora de o STF ter uma ministra negra. A representante americana veio ao país ao lado da embaixadora americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, para discutir ações conjuntas de combate à desigualdade racial no Brasil e nos EUA.
Em conversa com jornalistas na residência do cônsul-geral dos EUA no Brasil, David Dodge, na sexta-feira (5), ela lembrou a pressão imposta sobre Biden no início de 2022 para que indicasse uma mulher negra à Suprema Corte americana, mediante a promessa feita por ele durante a campanha à Casa Branca.
Biden nomeou em fevereiro do ano passado, Ketanji Jackson, para uma cadeira na Suprema Corte do país. De acordo com Smith, “foi muito especial ver sua nomeação como a primeira mulher negra na Suprema Corte de Justiça”.
Ela, então, sugeriu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fizesse algo parecido. “Já passou da hora de ver mulheres negras nos cargos mais altos da corte e do governo, porque representatividade importa”, disse. “Quando chegamos ao Brasil, não temos noção de que a população é tão negra, porque a mídia e o governo são muito brancos”, completou, ressaltando que a população brasileira é majoritariamente negra.
Em decorrência da aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski, Lula fará em breve uma indicação ao STF. O favorito para a vaga é Cristiano Zanin, que foi advogado do petista nas acusações relacionadas à Lava Jato.
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