Sem Padre Kelmon, Bolsonaro define estratégia para irritar Lula no debate da Band

Atualizado em 10 de outubro de 2022 às 12:58
Bolsonaro e Lula no debate da Globo
Foto: Marcos Serra Lima/g1

Na noite do próximo domingo (16), acontecerá o debate presidenciável da Band para o segundo turno, e as campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Jair Bolsonaro (PL) já estão preparando seus candidatos. A equipe do presidente já sabe por qual caminho deve seguir no embate contra o petista: irritá-lo ao máximo, em especial, com as perguntas.

Em um dos debates de primeiro turno, a equipe do chefe do Executivo se vangloriou com os resultados de sua estratégia ao terceirizar ataques contra Lula com o candidato Padre Kelmon (PTB), que causou a revolta do petista com perguntas sobre corrupção.

Segundo a jornalista Malu Gaspar, do O Globo, Bolsonaro, agora sem seu candidato laranja para realizar os ataques, deseja aproveitar todas as brechas para tirar do sério seu concorrente.

Dentro da campanha bolsonarista, uma ordem foi dada pelo próprio presidente: “Ir pra cima de Lula”. O objetivo principal é passar a maior parte do debate perguntando e encaixando dentro desses questionamentos, com relação aos temas pautados, acusações contra Lula.

Os estrategistas da campanha de Bolsonaro avaliaram que o petista se irrita com facilidade. Eles consideraram que os debates darão ao presidente maiores chances para provocar momentos constrangedores para Lula que, consequentemente, serão divulgados nas redes.

No último debate, da Globo, o tempo destinado às perguntas era de 30 segundos. Para o da Band, serão 45 segundos. As regras para o confronto do próximo domingo ainda não foram completamente fechadas.

Neste domingo (9), o ex-presidente mostrou estar preparado para a manobra de Bolsonaro. “Eu ainda vou ter dois debates com o genocida”, disse o petista. “E eu vou colocar muito repelente no corpo com medo de uma mordida”, acrescentou. “Ele disse numa entrevista para o NY Times que ele teria coragem de comer carne de índio. E se ele pensar em dar uma mordida no pernambucano, ele vai morrer envenenado”.

O petista disse ainda que espera que Bolsonaro não leve mentiras nem provocações baratas para o debate. “Vai ser o dia em que o povo vai ter que escolher entre o bem e o mal, entre a paz e a guerra, entre a solidariedade e o ostracismo.”

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