O presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou, durante sua entrevista à Rádio Guaíba nesta terça-feira (2), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, de ”criminoso”.
Pouco depois, Barroso rebateu o comentário em suas redes sociais, dizendo que “mentir precisa voltar a ser errado” e chamando Bolsonaro de “mau perdedor”.
“Mentir precisa voltar a ser errado de novo. Compareci à Câmara dos Deputados, como presidente do TSE, para debater o voto impresso, atendendo a três convites oficiais. E foi a própria Câmara que derrotou a proposta de retrocesso. Mas sempre haverá maus perdedores”, respondeu o ministro em seu Twitter.
Mentir precisa voltar a ser errado de novo. Compareci à Câmara dos Deputados, como presidente do TSE, para debater o voto impresso, atendendo a TRÊS CONVITES OFICIAIS. E foi a própria Câmara que derrotou a proposta de retrocesso. Mas sempre haverá maus perdedores.
— Luís Roberto Barroso (@LRobertoBarroso) August 2, 2022
O caso levantado pelo presidente aconteceu em 2021, quando Barroso – que na época era presidente do Tribunal Superior Eleitoral – se reuniu com líderes partidários durante o período de tramitação da PEC do Voto Impresso. O chefe do Executivo foi o responsável pela proposta, que chegou a ser avaliada na Câmara dos Deputados, mas não atingiu o número de votos necessários para ser aprovada.
“Ele era presidente do TSE, foi para dentro do Parlamento e se reuniu com uma dezena de líderes e, no dia seguinte, vários líderes trocaram os integrantes da comissão de modo que eles votaram contra a PEC do Voto Impresso. Foi para o plenário, nós ganhamos, mas não conseguimos 308 votos [para aprovar a PEC]. Perdemos”, declarou Bolsonaro, em tom de acusação.
“Então foi uma interferência direta do Barroso dentro do Congresso Nacional para não aprovar o voto impresso, uma interferência política, um crime previsto na Constituição. O Barroso é um criminoso”, disparou.
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