
O senador norte-americano Lindsey Graham, um dos principais aliados de Donald Trump, proferiu uma série de ameças aos países que continuam comprando petróleo russo, entre eles o Brasil. Durante entrevista à CBS, o político alertou que China, Índia e Brasil podem enfrentar consequências graves caso sigam “apoiando economicamente Moscou” em meio à guerra na Ucrânia.
Ele afirmou que o Congresso dos EUA está preparando um pacote de sanções econômicas contra esses países.
“O Congresso está prestes a aprovar o pacote de sanções mais importante da história do país. Isso vai dar ao presidente Trump ferramentas que ele não tem hoje — um verdadeiro martelo de guerra”, disse o senador. Ele também acusou a Índia de revender petróleo russo comprado a preços baixos. Graham afirmou ter conversado com Trump, que teria dito: “É hora de agir”.
Segundo o senador, a única maneira de encerrar o conflito é pressionar os países que, direta ou indiretamente, sustentam Putin. “Você precisa fazer esses países escolherem entre a economia americana e ajudar Putin. Não dá para ter os dois”, disse.
O senador republicano Lindsey Graham, aliado do presidente Trump, enviou um recado para países que compram petróleo russo, entre eles o Brasil, e ajudam a sustentar a guerra na Ucrânia.
“China, Índia e Brasil vocês estão prestes a se prejudicarem muito se continuarem ajudando… pic.twitter.com/ftFNFV1787
— Sam Pancher (@SamPancher) July 14, 2025
As declarações surgem em meio a uma escalada de medidas de Trump.
Na semana passada, o republicano anunciou uma tarifa adicional de 50% sobre produtos brasileiros, justificando a ação como resposta a supostos abusos do Supremo Tribunal Federal (STF) contra Jair Bolsonaro (PL). Especialistas, no entanto, afirmam que a medida não tem base econômica e é motivada por interesses políticos.
O presidente Lula respondeu às declarações de Trump afirmando que elas ferem a soberania do Brasil. O governo brasileiro avalia alternativas para reagir à ofensiva dos Estados Unidos, com foco em canais diplomáticos. Mesmo assim, autoridades não descartam a possibilidade de retaliações caso as ameaças se concretizem.