Senadora-presidenta da Bolívia foi acusada de ligação com tráfico após sobrinho ser preso com 480 kg de cocaína no Brasil

Atualizado em 13 de novembro de 2019 às 9:44
Carlos Andrés Añez Dorado (esq.), preso por tráfico de cocaína no MT, é sobrinho da autoproclamada presidente da Bolívia Jeanine Añez

A senadora boliviana, Jeanine Áñez, se declarou presidente do país em uma sessão legislativa sem quórum e sem a presença de representantes do Movimento ao Socialismo, de Evo Morales.

Jeanine entrou no palácio do governo aos gritos, carregando uma Bíblia gigante, numa cama patética.

Ela recebeu a tarefa de convocar novas eleições em um prazo de 90 dias, mas nada garante que o fará.

Aos 52 anos, evangélica de ocasião, Jeanine nasceu em Trinidad, no departamento de Beni.

Em 2010, foi eleita para o Senado pelo partido Plano Progresso para a Bolívia – Convergência Nacional (PPB-CN).

Na última eleição de 2015, participou da sigla Unidad Demócrata.

Acusou Morales de querer ‘perpetuar-se no poder’.

É acusada de ligação com o narcotráfico internacional.

Em 16 de outubro de 2017, os traficantes Fabio Adhemar Andrade Lima Lobo e Carlos Andrés Añez Dorado foram presos no Mato Grosso.

Estavam com 480 quilos de pasta-base de cocaína.

Fabio Lobo é filho de um ex-membro do Cartel de Cali e Carlos é sobrinho de Jeanine.

“Neste caso, estamos falando de um vínculo familiar com uma pessoa de importante atividade política”, afirmou o então ministro boliviano Carlos Romero na ocasião.

“Ministro Romero, você é responsável pelo crescimento do narcotráfico no país, meu sobrinho por suas ações e eu pelas minhas. Não seja mau”, respondeu ela no Twitter.