Uma figura tornou-se onipresente na Globo: o Major Olímpio.
Com sua presença de tira, o aplomb de Delegado Peçanha, a voz cava com o inconfundível sotaque paulistano e as ideias curtas, ele está lá com um objetivo: defender a Lava Jato.
Em nome disso, entra a todo instante como paladino da “luta contra a corrupção”. Especialmente para bater em Aras.
Como não há limite para a marquetolagem, Olímpio resolveu fazer, junto com os colegas do grupo “Muda Senado”, uma carreata em apoio a Deltan Dallagnol.
Está na coluna de Bela Megale no Globo de hoje:
A data será definida em uma reunião na manhã desta quinta-feira (6), com previsão de ocorrer por volta do dia 18, quando deve ser realizado o julgamento do coordenador da força-tarefa de Curitiba pelo Conselho do Ministério Público. O movimento é organizado pelo senador Major Olímpio (PSL-SP).
Outro tema que será discutido na videoconferência são as ações que os parlamentares tomarão, caso as forças-tarefas não sejam renovadas em setembro pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. Os 19 senadores que integram o “Muda Senado” também divulgarão um manifesto em apoio à Lava-Jato.
– Divulgaremos um manifesto de total apoio à Lava-Jato e vamos traçar novas estratégias para o julgamento de Dallagnol no Conselho Nacional do Ministério Público. Também vamos debater o que faremos se acabarem as forças-tarefas da Lava-Jato. Além disso, estão sendo convocadas carreatas, sem descer dos carros, em todos os estados – afirmou Olímpio.
Se havia alguma dúvida sobre o parentesco entre bolsonarismo e lavajatismo, não há mais.
De dentro de carros importados, vão desfilar em frente a hospitais com doentes de covid-19 em nome de um procurador de Curitiba.
Além de Olímpio, o tal Muda Senado é formado, entre outros, por Álvaro Dias (Podemos-PR), Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Luís Eduardo Girão (Podemos-CE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Styvenson Valentim (Podemos RN), Lasier Martins (Podemos-RS), Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Leila de Barros (PSB-DF).
Selma Arruda, a “Moro de Saias”, era integrante até ser cassada pelo TRE de Mato Grosso por crimes como o caixa dois.