“Seria perguntar se a chuva molha”, diz Pazuello sobre capacidade de ser ministro: a arrogância e burrice vão enterrá-lo

Atualizado em 19 de maio de 2021 às 10:31
Pazuello se enrola na CPI

Pazuello vai ser enterrado na CPI da Covid por causa da própria arrogância.

O general cagão que entrou no STF para ter o direito de ficar em silêncio não parou de falar desde o primeiro instante.

Não há advogado ou media training que dê jeito na estupidez associada à megalomania. É como um alcoólatra: se o cara não quer se curar, não há clínica que resolva.

Um trecho do depoimento é especialmente revelador.

Questionado por Renan Calheiros sobre suas condições para assumir o cargo de secretário-executivo do Ministério da Saúde, ele afirmou que todos os oficiais generais do Exército têm formação e experiência para isso.

“Seria perguntar se a chuva molha”, respondeu o responsável pelo descalabro na pandemia, pau mandado do genocida.

Mencionou que comandou a 12ª Região Militar, sendo responsável pela saúde de 30 mil homens, e sua atuação na Operação Acolhida, que recebeu migrantes venezuelanos.

“Me considero, sim, senhor, plenamente apto para exercer o cargo de ministro da saúde”.

Dá uma boa medida do mundo paralelo das Forças Armadas.

Nenhum dos outros depoentes se enforcou como Pazuzu. Dá gosto ver.

 

Kiko Nogueira
Diretor do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.