Destaques

Servidor derruba mentiras de Onyx, da Precisa e de Bolsonaro. Por Fernando Brito

Servidor derruba mentiras de Onyx, da Precisa e de Bolsonaro. Por Fernando Brito. Foto: Reprodução/Globo

Publicado originalmente no site Tijolaço

POR FERNANDO BRITO

O consultor William Amorim Santana, técnico da Divisão da Importação do Ministério da Saúde levou as “invoices” (notas fiscais internacionais) de importação da vacina Covaxin e derrubou, inapelavelmente as versões apresentadas pelo ministro Onyx Lorenzoni (e do coronel e assessor Élcio Franco) de que era falso o documento que o servidor Luís Ricardo Miranda e seu irmão, o deputado Luís Miranda dizem ter apresentado ao presidente da República; e são inverídicas as alegações da empresa Precisa de que só teria chegado a primeira “invoice” no dia 22 de março, dois dias depois do encontro dos Miranda e, finalmente, a alegação de Bolsonaro que teria determinado a Eduardo Pazuello que verificasse irregularidades e este repassado a ordem a Élcio Franco, à época seu Secretário Executivo, que teria concluído que estaria tudo “normal”.

LEIA – Só o voto vai limpar o Brasil deste moleque. Por Fernando Brito

Os documentos, embora ainda tenham de ser periciados, são demolidores e evidenciam que o documento existe nos arquivos do Ministério – embora este esteja evitando enviá-los à CPI – e que, na correria para oferecer respostas às denuncias, o governo prendeu o pé numa armadilha da qual terá dificuldades em escapar. Mesmo que tenha sido apagado do “Dropbox” (site de transferência de arquivos, bastará acionar os administradores do aplicativo e os “logs” de acesso poderão esclarecer tudo.

LEIA MAIS – Demissão escancara “Reverendogate”. Por Fernando Brito

A Precisa, pior ainda, enviou uma declaração falsa à CPI – e ao “jornalismo amigo” do SBT – uma declaração falsa de que só enviou o primeiro documento de fatura no dia 22, quando o havia feito no dia 18, como William provou, com e-mails oficiais. É crime de falsidade ideológica, sem qualquer tipo de saída possível. Vai ter, também, de explicar que “anuência da Secretaria Executiva”” é aquela a que a empresa se refere ao encaminhar, atrasado, o pedido inicial para a expedição de licença de importação das vacinas.

E Bolsonaro, que não consegue responder à pergunta sobre ter ou não dado a declaração de que a Covaxin era “um rolo do Ricardo Barros”, como alegam os irmão Miranda, ficou agora sem a desculpa de que mandou Pazuello (e este a Franco) que, claro, teria de ir direto ao Departamento de Importação, onde trabalham William e Luís Ricardo Miranda, que continuaram trabalhando, sem serem inquiridos de nada.

A fraude está se materializando de forma escandalosa.

Diario do Centro do Mundo

Disqus Comments Loading...
Share
Published by
Diario do Centro do Mundo

Recent Posts

Deputados bolsonaristas vão aos EUA em meio à tragédia no RS

Enquanto o Rio Grande do Sul enfrenta um estado de calamidade por conta das fortes…

20 minutos ago

Governo Lula quer suspender dívida do RS e estuda enviar R$ 1,3 bilhão em emendas

O governo Lula vai propor a suspensão do pagamento da dívida do Rio Grande do…

1 hora ago

“Preferia ter morrido”: como foi primeira noite de dono de Porsche na prisão

O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, dono de Porsche que matou motorista de aplicativo…

2 horas ago

DCM Ao Meio-Dia: Lula reage ao caos de RS e critica Bolsonaro: “Quando teve cheia na Bahia, ele estava no jet ski”

AO VIVO. Kiko Nogueira e Pedro Zambarda fazem o giro de notícias. Entrevista com o…

2 horas ago

MP denuncia Gabriel Monteiro por abuso de poder

O Ministério Público do Rio (MPRJ), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Investigação…

2 horas ago

VÍDEO – Lula critica fake news bolsonarista sobre enchentes no RS: “Gente apostando na desgraça”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta terça-feira (7), aqueles que têm…

3 horas ago