Sheherazade e a arte de cavar pênalti para sair como vítima da “censura bolivariana”

Atualizado em 27 de abril de 2015 às 19:23
Ela
Ela

 

Rachel Sheherazade cavou um pênalti no SBT. Na quinta-feira, ela bufou depois de uma matéria sobre adolescentes que transavam em bailes funk. De acordo com o colunista de TV Flávio Ricco, foi chamada para uma conversa com o diretor de jornalismo, Marcelo Parada, que teria lhe pedido que parasse de fazer “caretas”.

Saiu da sala do chefe avisando que ia procurar Silvio Santos. A emissora nega o “assédio moral”. Numa entrevista ao site Notícias da TV, Rachel falou o seguinte: “Sou uma profissional, uma mulher de respeito, que exige respeito em suas conversas e não se submete a qualquer intenção de assédio moral. O Parada me informou que eu não poderia mais fazer ‘caretas’. Corrigi-o. Disse-lhe que não faço caretas no ar, mas uso minhas expressões faciais, assim como meu gestual, para interpretar a informação ou para exprimir minhas emoções. Não sou uma máquina. Sou uma pessoa sensível e transparente. Não escondo o que sou, o que penso nem o que sinto”, informou por e-mail.

“Fiquei chocada como qualquer mãe de família, como ficou, aposto, a maioria dos telespectadores. Minha reação foi humana e natural”.

Sheherazade foi proibida de dar opiniões desde que defendeu justiceiros que amarraram um rapaz num poste, há mais de um ano. Desde então, mentiu algumas vezes, alegando que Silvio estaria arrumando um outro programa para ela dar seus pitacos. Não aconteceu nada e ela foi contratada pela Jovem Pan, mais conhecida como Jovem Klan.

Por trás do teatro de Sheherazade está sua vitimização. Marcelo Parada foi um dos coordenadores da campanha de Dilma Roussef em 2010. Rachel está sendo “censurada”, um termo banalizado por todo idiota de má fé. Ora, desde quando qualquer um fala o que quer em qualquer empresa de jornalismo?

Está implícito que a censura é do PT. Ela é uma campeã da liberdade de expressão e o bolivarianismo a está calando. Isso é ditadura.

É notório o desprezo de SS pelo jornalismo. Agora ele terá de lidar com uma dor de cabeça envolvendo sua suposta protegida, cujo contrato vai até 2018. Para um sujeito que prefere ver séries no Netflix a assistir TV é uma fria, mas foi ele quem trouxe um monstro da Paraíba e o alimentou até que ele se tornasse incontrolável.