Sheik dos Bitcoins envolveu Felippe Valadão em golpe milionário contra ex-jogador

Atualizado em 25 de abril de 2025 às 22:25
Sheik dos bitcoins utilizou Felippe Valadão para arrecadar R$ 40 milhões de um jogador. Foto: Divulgação

Um processo que tramita na Comarca de Curitiba (PR) trouxe à tona o nome do pastor Felippe Valadão, líder da Igreja Novos Começos (antiga Lagoinha Niterói), em meio a uma controvérsia sobre um suposto incentivo a investimentos milionários em criptomoedas. Com informações do Fuxico Gospel.

A ação judicial foi movida pelo ex-jogador de futebol Juscelino da Silva, que afirma ter perdido mais de R$ 30 milhões após ser apresentado à oportunidade por meio do pastor.

De acordo com a ação de execução de título extrajudicial (nº 0005318-74.2022.8.16.0001), o ex-atleta alega que foi convencido a investir após trocas de mensagens com Felippe Valadão. Os prints, anexados ao processo, mostram o pastor como elo entre Juscelino e empresas como ITX, Intergalax e Rental Coins, que prometiam rendimento fixo de 10% ao mês.

Segundo o advogado do ex-jogador, Dr. Mariel Marra, “sem a participação do pastor, esse investimento provavelmente não teria ocorrido”. Juscelino teria iniciado os aportes em agosto de 2021 com um primeiro depósito de R$ 5 milhões, seguido por outros depósitos que totalizaram mais de R$ 30 milhões.

As promessas de retorno mensal de até R$ 600 mil não se concretizaram. Uma das empresas envolvidas já teve falência decretada, o que levou à extinção da ação de execução. Agora, Juscelino deverá buscar ressarcimento por meio de um processo de falência, onde os valores disponíveis serão disputados entre os credores.

Pastor Felippe Valadão. Foto: Divulgação

Apesar de não ser réu no processo e já ter sido excluído formalmente da ação judicial, Felippe Valadão teve seu nome envolvido por conta da relação de confiança espiritual que mantinha com Juscelino.

As conversas incluídas no processo também apontam para uma relação próxima entre o pastor e o ex-jogador, com convites para eventos da igreja e relatos de amizade.

Em um momento delicado, Juscelino chegou a relatar pensamentos suicidas: “Felipe, eu estou pensando em me matar. Não estou aguentando isso. Tudo que eu tinha foi embora e ninguém me ajuda”, escreveu ele em uma das mensagens.

Segundo os autos, a resposta de Felippe foi evasiva, mencionando compromissos pessoais.

Embora a Justiça tenha decidido que não há vínculo contratual direto entre o pastor e o autor da ação, o advogado Mariel Marra afirma que existe uma responsabilidade moral: “A confiança que o Juscelino tinha nele como líder religioso pesou muito. Isso nos obriga a discutir a responsabilidade de quem usa sua influência espiritual para indicar investimentos de alto risco”, declarou.

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