Silencioso, Moro foca no projeto de defesa do cigarro nacional. Por Moisés Mendes

Atualizado em 22 de julho de 2019 às 14:54
Sérgio Moro. Foto: AFP

PUBLICADO NO FACEBOOK DO AUTOR

Ainda não li nenhuma manifestação de Sergio Moro sobre os comentários de Deltan Dallagnol nas mais recentes mensagens publicadas pelo Intercept.

Não sabemos ainda o que o ex-juiz pensa das declarações do procurador de que ele iria amarelar diante do caso de Flavio Bolsonaro, para não perder a vaga no Supremo.

Dallagnol, como as mensagens mostram, era obediente ao juiz, que mandava em toda a força-tarefa da Lava-Jato com mão de ferro. Mas gostava de fazer comentários desairosos a respeito do chefe.

No conjunto, as trocas de mensagens revelam que Moro determinava o que bem entendesse ao grupo do Ministério Público em Curitiba. Sua imagem de chefe é que não era lá muito boa.

Como o ex-juiz sempre foi muito reservado, respeitador das leis, das normas e do bom senso, não se sabe o que ele pensava da turma que comandava.

O silêncio do ex-juiz, depois da licença-prêmio de uma semana, pode indicar que ele e Dallagnol já se acostumaram com as mensagens vazadas.

Moro quer mesmo tocar o projeto de defesa do cigarro nacional.