Sintonia: o núcleo de inteligência do PCC que funciona como cérebro da facção

Atualizado em 23 de março de 2023 às 15:33
PCC. Imagem: Reprodução / MOV

O PCC tem um setor de inteligência que funciona como uma ampla rede de criminosos e é o atual cérebro da facção. Chamado de sintonia restrita, o setor é uma célula que trata de assuntos sigilosos para a cúpula do grupo e é formada por membros de confiança, com grande poder decisório. A informação é da coluna Na Mira no Metrópoles.

Um relatório técnico elaborado pelo Ministério Público de São Paulo detalhou a atuação do núcleo, que entrega informações aos responsáveis pela prática dos crimes. Os integrantes têm liberdade para viajar pelo país e coletar informações, monitorando endereços de autoridades e fazendo a vigilância dos alvos que estão marcados para morrer.

A sintonia restrita ainda atua na contabilidade da fação, projetando os valores gerados com o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e armazenamento das fortunas. O capital costuma ser armazenado em imóveis com cofres em forma de compartimentos secretos.

Os valores são entregues a doleiros, que são responsáveis por recepcionar o dinheiro e guardá-lo para a organização. O transporte geralmente ocorre em veículos preparados com compartimentos secretos.

Segundo o relatório, outros integrantes do PCC desenvolveram uma grande rede de comunicação com um número limitado de pessoas. O sistema é restrito e compartimentado, com celulares distribuídos entre os integrantes.

Uma pessoa específica é encarregada de comprar, configurar e distribuir os aparelhos. A intenção é que não haja risco de que terceiros interajam com os informantes.

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Caique Lima
Caique Lima, 27. Jornalista do DCM desde 2019 e amante de futebol.