Site jurídico chama Augusto Nunes de “Platinado de Taquaritinga”

Atualizado em 29 de fevereiro de 2020 às 14:51
Augusto Nunes. Foto: Divulgação/TV Cultura

PUBLICADO NO MIGALHAS

Em texto publicado no site R7, o jornalista Augusto Nunes critica de forma dura o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal.

Nunes questiona a declaração de Celso de Mello que, ao saber do fomento presidencial ao protesto contra Congresso e STF, disse que é coisa de quem não está à altura do cargo.

Ao final do texto, o jornalista, de forma jocosa, afirma que em vez “do Águia de Haia” (sic) temos que nos conformar com “o Pavão de Tatuí”.

O tom é o mesmo de quem, dias atrás, já mostrando alteração dos sentidos, atracou-se com o jornalista Glenn Greenwald, no programa Pânico.

O fato é que a crítica ao decano do STF tem por trás um componente que diminui a pó a biografia do próprio jornalista. Com efeito, trata-se de uma adulação gratuita (?) e pueril ao presidente Jair Bolsonaro.

O que explica essa bajulação?

Enfim, além de ofender o ministro, o jornalista agride a história. De fato, o conselheiro Rui Barbosa não é conhecido como “nosso” Águia de Haia”, e sim como “nossa Águia de Haia”. O gênero do substantivo faz, neste caso, toda a diferença.

Mas já que o jornalista pelo visto gosta de epítetos, poderíamos ajudá-lo com uma alcunha. Que tal “O Platinado de Taquaritinga”?

E viva o interior de São Paulo!

Post Scriptum – Assim como sempre faz o presidente da República, citando frase bíblica, é bom lembrar Eclesiastes 3:20 – “To­dos vão para o mesmo lugar; vieram todos do pó, e ao pó todos retornarão.”

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Em 2012, o mesmo Augusto Nunes endossou a campanha “Fica, Celso de Mello” na Veja.

Escreveu o seguinte: “No julgamento do mensalão, esse paulista de Tatuí lavou a alma dos brasileiros decentes com votos que não se limitaram a reafirmar que ainda há juízes num país em decomposição moral. O desempenho do ministro mostrou que, enquanto existir um Celso de Mello no Supremo, os liberticidas que lutam pela captura do Estado Democrático de Direito não passarão”.