
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que a situação jurídica do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se agravou significativamente após ele agradecer publicamente ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelas tarifas de 50% impostas ao Brasil, conforme informações do blog do Camarotti, do G1.
A publicação feita pelo “bananinha”, na noite de quarta-feira (10), na qual ele comemora a retaliação americana, foi vista no Supremo como um gesto que pode ser interpretado como tentativa de coação à Justiça brasileira. Para integrantes da Corte, a mensagem representa a produção de prova contra si próprio.
“Obrigado, presidente Donald J. Trump. Espero que as autoridades brasileiras agora tratem esses assuntos com a seriedade que merecem. O Brasil não pode — e não vai — se tornar outra Venezuela, Cuba ou Nicarágua. Deus abençoe os Estados Unidos, Deus abençoe o Brasil”, escreveu Eduardo na Truth Social, rede social de Trump.
A situação do deputado, que está licenciado do cargo e atualmente nos Estados Unidos, já era delicada. Ele é investigado por obstrução de investigação envolvendo organização criminosa e por possível participação em tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Agora, a mensagem de Eduardo, somada à carta divulgada por Trump — na qual o ex-presidente americano justifica o tarifaço como resposta à “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro —, fortalece a linha de investigação em andamento no Supremo.
Com trânsito livre entre aliados de Trump, Eduardo tem atuado como agente político de interesses estrangeiros, buscando deslegitimar instituições brasileiras, como o STF, e apoiar articulações contrárias à soberania nacional. O STF, segundo fontes ligadas à Corte, apura a atuação do traidor.
Nesse contexto, ministros do Supremo não descartam que o filho “03” de Bolsonaro possa ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda antes das eleições de 2026. Caso seja condenado por um colegiado como o STF, ele poderá ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa e ficar inelegível.