Sob Tarcísio e Derrite, letalidade policial em SP aumenta 32% no segundo trimestre

Atualizado em 31 de julho de 2025 às 23:47
Agente da Polícia Militar de SP, sem mostrar o rosto, perto de carro
Agente da Polícia Militar de SP – Reprodução/Agência Brasil

Policiais civis e militares mataram 202 pessoas no estado de São Paulo entre abril e junho de 2025, segundo dados divulgados pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos). O número representa um aumento de 32% em relação ao segundo trimestre de 2024. No primeiro semestre, foram 365 mortes causadas por policiais em serviço ou de folga, apenas oito a menos que no mesmo período do ano anterior. Com informações da Folha de S.Paulo.

Considerando apenas policiais militares em serviço, o número de mortos se manteve em 301 vítimas no semestre, o mesmo registrado no ano passado. A letalidade policial tem crescido desde o fim de 2022, com picos durante a Operação Escudo e a Operação Verão — esta última, a mais letal desde o Massacre do Carandiru, em 1992. Houve queda no início de 2025, mas os índices voltaram a subir a partir de abril.

Tarcísio de Freitas (Republicanos) olhando para o lado, sério, falando
Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de SP – Reprodução

Na comparação com o primeiro semestre de 2022, quando o PSDB ainda governava o estado, a letalidade aumentou 79%. Houve alta nas mortes na capital, na Grande São Paulo e no interior, com destaque para a região de São José dos Campos, onde os óbitos triplicaram.

A Secretaria de Segurança Pública, comandada por Guilherme Derrite, afirmou que “investe continuamente na recomposição e capacitação do efetivo” e ressaltou: “Desde o início da atual gestão, mais de mil policiais civis e militares foram presos, demitidos ou expulsos, reforçando o compromisso de São Paulo com a legalidade”.