Sobre o jornal impresso que durou cinco semanas e outras notícias do mundo digital – Por José Eduardo Mendonça

Mais uma tentativa que dá errado e fecha as portas muito antes do previsto. A causa: falta de público. O britânico

24 – The North’s National vai parar de circular cinco semanas depois de ser lançado.

O grupo CN, que o publicava, disse estar “orgulhoso do design e do conteúdo, mas infelizmente as vendas de exemplares não são altas o bastante para justificar a continuação da publicação diária”.

A empresa afirma que sempre se tratou de um risco calculado para saber se havia uma brecha no mercado. “Lançamos rápido, fracassamos rápido e aprendemos muito no processo”.

Parece, no entanto, que a lição não foi bem aprendida: “Não diminuiu nosso apetite de tentar novas publicações, sejam impressas ou digitais”.

Um grupo britânico de muito maior porte, o Trinity Mirror, fechou seu New Day em maio, nove semanas depois do lançamento. Uma das razões foi ter confiado demais em pesquisa de mercado. Uma coisa é uma pessoa responder a uma delas dizendo que compraria um novo jornal. Outra coisa é comprá-lo.

Outro erro é usar como alvo consumidores que pararam de comprar uma grande publicação por estarem insatisfeitos. O que eles não querem é um substituto, comenta o Guardian.

Empresas de conteúdo digital caminham para a TV

Companhias como Vox Media, BuzzFeed e Mashable se aproximam das telinhas, mesmo que não na velocidade esperada.

Atualmente, elas estão mais dispostas a falar sobre o assunto de trabalho em projetos de TV, depois que a Vice abriu caminho e lançou seu canal próprio em Viceland.

Para os publishers digitais, a TV é tida como grande oportunidade de alcançar uma grande audiência e potencialmente fazer muito dinheiro com publicidade e acordos de licenciamento, em um momento que o setor busca novas fontes de receita.

Há uma diferença nos processos. TV toma mais tempo, com um longo ciclo da ideia ao lançamento. O digital é mais ágil. As empresas vão ter de se adaptar. “Não é uma coisa negativa. É assim que é até que alguém mude as coisas”, disse ao AdAge Eric KOrsh, veterano de TV que dirige o Mashable Studios.

Em março, o CEO da Mashable, Peter Cashmore, disse ao Hollywood Reporter que criaria quatro programas digitais curtos para o canal Bravo. A Vox Media também vai chegar a TV, com um programa em um canal da A&E Networks.

Marketing global vai gastar U$ 1 trilhão em 2017

O relatório This Year, Next Year, do Group M, acredita que o dinheiro gasto em publicidade vai crescer 4.3% em 2017, chegando a U$ 1 trilhão.

Na China, o crescimento foi revisto, de 9.1% para 6.6% em 2016. No ano que vem, deverá ser de 7%. Já no Brasil, a expectativa caiu de 7% para 1% este ano, por conta de recessão, desemprego e o golpe político.

Adam Smith, diretor de futuros do Group M, explicou que a mais importante tendência a surgir da pesquisa foi o alto interesse na automação no digital. Segundo disse à Campaign, “é a primeira vez que tenho um interesse amplo em programático. A idéia da automação tem grandes riscos e possibilidades. Dá uma plataforma comum para gerenciamento de dados, mas abre riscos de visibilidade e fraude”;

O gasto digital continua a crescer em escala, mas isto está desacelerando. Foi de 18% em 2015, 14% em 2016 e deverá ser de 12% em 2017. Mas 99% de todo o ganho líquido em publicidade vai ser digital em 2016.

Na mídia tradicional, a TV resiste e a mídia impresssa continua com as maiores perdas.

Fiquem tranquilos. Ainda haverá mais duas temporadas de Game of Thrones

A oitava temporada será a última da consagrada série da HBO, Game of Thrones, anunciou a empresa esta semana.

De qualquer forma, os fãs de Westeros não vão ficar totalmente na mão. Já foi discutida a criação de um spinoff, embora a HBO afirme que não haja planos concretos.

A sétima temporada começará a ser filmada no norte da Irlanda nas próximas semanas. Ela irá ao ar em meados de 2017 e terá sete capítulos, e não os dez costumeiros.

Game of Thrones levou 23 Emmys este ano. Não sabe quantos episódios terá a oitava temporada, informa o Guardian