Soldados de Israel despiram e interrogaram pacientes durante operação no maior hospital de Gaza

Atualizado em 16 de novembro de 2023 às 7:52
Hospital Al-Shifa, Gaza. (Foto: Bashar Taleb)

Soldados israelenses realizaram uma incursão de cerca de 12 horas no maior hospital de Gaza, o Hospital al-Shifa. Durante a operação, os militares interrogaram e revistaram pacientes no pátio do complexo, mantendo alguns palestinos despidos até a roupa íntima, relataram jornalistas no local.

A intervenção foi justificada pelos militares, sob a alegação de que o Hamas mantinha um centro operacional no subsolo do hospital. Durante as ações, eles ordenaram que todos os homens com 16 anos ou mais levantassem as mãos e se rendessem.

Cerca de mil palestinos do sexo masculino foram conduzidos para o pátio do hospital, onde alguns foram revistados em busca de armas ou explosivos. Posteriormente, pelo menos 200 deles permaneceram apenas de roupa íntima.

Ação nos corredores do hospital

Enquanto percorriam os corredores, os soldados dispararam tiros de aviso e revistaram homens, mulheres e crianças. Relatos indicam que, durante a busca por membros do Hamas, os militares também revistaram mulheres e crianças, algumas das quais choravam. Uma câmera de reconhecimento foi utilizada em um posto de revista.

Nas redes, circulam imagens da operação em questão, publicadas pelo próprio Exército Israelense:

Reações

O ataque ao Hospital al-Shifa gerou condenação de autoridades palestinas, líderes da ONU (Organização das Nações Unidas) e alguns líderes regionais do Oriente Médio, alertando para os riscos à vida dos mais vulneráveis em Gaza.

As forças israelenses se retiraram no final da tarde de quarta-feira (15), enquanto os soldados continuavam a interrogar pessoas feridas e distribuir água potável para aqueles que buscaram abrigo no hospital.

Evidências e condenações

Relatórios de interrogatórios coincidem com declarações de um alto funcionário israelense ao New York Times, afirmando que armas foram encontradas durante a operação, sem fornecer evidências ou detalhes adicionais.

Autoridades palestinas condenaram o ataque, ressaltando os riscos para a população de Gaza, especialmente os mais vulneráveis.

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