Solteiro e pai de um: Quem são os familiares que Lô Borges deixou aos 73 anos

Atualizado em 3 de novembro de 2025 às 22:01
Lô Borges ao lado do filho Luca Arroyo Borges, posando para foto e sorrindo
Lô Borges com o filho, o filho Luca Arroyo Borges – Reprodução/Instagram

O músico Lô Borges, um dos fundadores do movimento Clube da Esquina, morreu no domingo (2), aos 73 anos, em Belo Horizonte, após ter sido internado por consequência de uma intoxicação medicamentosa. O artista construiu trajetória marcada por parcerias com nomes como Elis Regina, Milton Nascimento e Beto Guedes. Solteiro, ele deixa o filho Luca Arroyo Borges, de 27 anos, e uma extensa família de músicos que influenciaram diretamente sua trajetória dentro da MPB.

Luca é formado em Publicidade pela PUC Minas e estuda Jornalismo na mesma instituição. Ele mantém presença discreta nas redes sociais, com perfil privado no Instagram e atuação profissional destacada apenas no LinkedIn. Filhos de artistas ligados ao Clube da Esquina costumam manter relação reservada com a mídia, característica também adotada por ele ao longo dos anos.

Entre os irmãos, Yé Borges é um ano mais novo que Lô e também atua como músico. Ele gravou e compôs faixas do disco “Os Borges”, lançado em 1980, que reuniu integrantes da família com participações de Milton Nascimento, Elis Regina e Chico Lessa. Desde o anúncio da internação de Lô, Yé tem sido o principal porta-voz dos parentes, concentrando atualizações e comunicados.

Lõ Borges e Yé Borges posando abraçados para foto, em pé
Lô Borges e seu irmão mais novo, Yé Borges – Reprodução/Instagram

Márcio Borges, outro fundador do Clube da Esquina, é letrista e compositor reconhecido por parcerias com Milton Nascimento. Ele colaborou com diversos artistas, como Beto Guedes, 14 Bis, Elis Regina e Toninho Horta. Márcio mantém carreira ativa, participa de eventos, palestras e costuma marcar presença em shows de músicos como Gilberto Gil, Caetano Veloso e Criolo, mantendo relação constante com a cena cultural.

Solange Borges também integra a produção familiar ligada ao Clube da Esquina. Ela participou de composições e interpretações presentes em “Os Borges” e colaborou em gravações de “Vento de Maio” e “Clube da Esquina Nº2”, no disco “A Via-Láctea”, lançado por Lô em 1979. Ela segue como referência feminina ligada ao período de consolidação daquela estética musical.

Marcelo “Telo” Borges é vencedor do Grammy ao lado de Milton Nascimento. Ele iniciou carreira cedo, influenciado pelos irmãos, e assinou composições já na adolescência, como “Voa Bicho”, ao lado de Márcio. A dupla também assinou “Vento de Maio”, faixa conhecida e regravada por diversos artistas ao longo das décadas. Ele permanece ativo em estúdio e em shows.

Marilton Borges, o irmão mais velho e responsável pelo apelido “Lô”, apresentou o músico ao ambiente artístico. Ele atuou na formação estética do Clube da Esquina e em sua sonoridade. Compôs “Outro Cais”, gravada por Elis Regina, e segue em atividade aos 82 anos, se apresentando ao lado do filho Rodrigo. Sua carreira é reconhecida como ponto de partida para a produção musical dos irmãos.

O caçula da família é Nico Borges, o 11º dos irmãos. Ele teve contato precoce com instrumentos graças ao ambiente doméstico. Participou do disco “Os Borges” e cantou versos das faixas “Os Escravos de Jó” e “Cadê?”, presentes no disco “Milagre dos Peixes”, de Milton Nascimento. Nico também interpretou “Pablo”, faixa popularizada na voz de Bituca, apelido de Milton.

O corpo de Lô Borges será velado nesta terça-feira (4), no foyer do Grande Teatro Cemig, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, das 9h às 15h. A cerimônia será aberta ao público. O músico deixa família ligada à MPB, ativa em apresentações, gravações e homenagens, registrando continuidade de parte do legado construído pelo artista no Clube da Esquina.