Soltura de ex-policial bolsonarista que matou petista revolta família: “Inadmissível”

Tribunal de Justiça do Paraná permitiu que homicida fosse para prisão domiciliar

Atualizado em 13 de setembro de 2024 às 15:57
O petista Marcelo Arruda e o ex-policial Jorge Guaranho. Foto: Reprodução

O tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) permitiu que Jorge Guaranho, assassino do tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, fosse para o regime de prisão domiciliar. A família está indignada com a decisão.

Guaranho invadiu a festa de aniversário de 50 anos da vítima, cuja temática era o PT, e, aos gritos de “mito, mito”, atirou contra o guarda municipal. O crime foi o episódio mais bárbaro de violência política durante as eleições de 2022.

Guaranho estava preso desde que praticou o crime, mas agora pode ficar em casa. Para a companheira de Arruda a decisão é uma lástima. “Terrível a pior decisão que se teve para a família. E o pior foi escutar o voto dos desembargadores, de alguns desembargadores, dizendo que o Guaranho, nesse caso, foi uma vítima. Que tipo de vítima? (…) É inadmissível. Nós estamos apavorados, apavorados com toda essa situação. Colocar um assassino, uma pessoa que não tem condições de ser contrariado, colocar em liberdade com a sociedade. É uma lástima, é terrível isso que a justiça fez hoje”, lamentou Pamela Silva.

Festa de aniversário em que Marcelo Arruda foi assassinado. Foto: Reprodução

De acordo com a defesa do assassino, a domiciliar servirá para que ele trate problemas de saúde.
Para os advogados que representam a família da vítima é um sofrimento. “A família da vítima já não suporta tamanho sofrimento, seja pela ausência de Marcelo, ou, ainda por não ver seu assassino cumprindo pena pelo crime tão brutal que decidiu praticar”, destacaram, em nota, os assistentes de acusação Alessandra Raffaelli Boito e Rogerio Oscar Botelho.

Um dos filhos da vítima entente que a decisão é uma falta de respeito à memória de Arruda. “É uma falta de respeito. É uma falta de consideração para família para os amigos e para as pessoas que buscam que querem Justiça pelo Marcelo, pelo meu pai. É uma falta de consideração, é como se fosse uma punhalada pelas costas, disse Leonardo Arruda.

O júri do assassino, que foi desmarcado diversas vezes após manobras da defesa, está previsto para ocorrer em fevereiro de 2025, em Curitiba.

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